terça-feira, 12 de setembro de 2017

A RESPOSTA DA MÃE NATUREZA



Esta Primavera não choveu quase nada. Por exemplo, Abril, que deveria ter sido de águas mil, foi de águas zero. Agora, estamos em meados de Setembro, e ainda se verificam temperaturas na ordem dos 30 graus e até acima. Mas, em contrapartida, ainda em Agosto, choveu torrencialmente em Trás-os-Montes e na Galiza.
Estes, são apenas alguns exemplos aqui à” nossa porta”.Aí por esse mundo fora, são mais que muitos. Destacamos, evidentemente, o violentíssimo furacão que tem fustigado as Caraíbas e a costa Leste dos EUA. Ou seja, aí temos, e em força, o resultado das alterações climáticas. Aliás, tal como os cientistas há muito, têm alertado. Caracterizam-se por fenómenos extremos e cada vez mais frequentes. As causas também já as conhecemos: a redução do oxigénio e o aumento de dióxido de carbono que provoca o efeito de estufa, e este, o aumento da temperatura atmosférica com todas as consequências que constatamos, não esquecendo o degelo dos polos e o subsequente aumento do nível dos mares. E por trás de tudo isto, também sabemos que está a ação predadora do homem. Ainda há dias, o Sr. Temer, no Brasil, decretou o fim de uma reserva natural na Amazónia quase do tamanho de Portugal. É devastação de florestas tropicais não só no pulmão da terra, mas um pouco por todo o mundo, para o cultivo intensivo de espécies mais rentáveis; em África, na Indonésia, nas Filipinas, na Malásia, e ainda os criminosos incêndios. Nos mares, a poluição é tanta, sobretudo de plásticos, que são milhões de toneladas com efeitos devastadores na fauna marítima.
E podíamos ficar por aqui que a triste lista já vai longa, mas não ficamos , porque nem só de grandes patifarias se alimenta a poluição. Quem é que não reparou já nas bermas de estradas e caminhos deste país, valas rios e ribeiras e um pouco por todo o lado onde passem “pessoas”? E quem é que, com um mínimo de sensibilidade, não fica incomodado com tanto lixo? Com tanta irresponsabilidade criminosa? Até a separação do dito , nos ecopontos, cada vez é menor.
Portanto, trata-se tão mal a Mãe Natureza! E ela, poderosa e indomável, limita-se a responder-nos como merecemos.
Irresponsável e criminosamente, resvalamos para o abismo.
Francisco Ramalho

Corroios, 12 de Setembro de 2017

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