Apesar
dos casos extremos como o do Meco, as tristemente famosas praxes,
persistem. A rapaziada da Faculdade de Ciências da Universidade do
Porto, criou mesmo um código onde consta que “ os caloiros devem
ser incondicionalmente servis obedientes e resignados”. E eles e
elas, para serem bem aceites entre os seus pares veteranos,
indignamente, submetem-se mesmo a todos as sevícias e vexames.
A
irreverência, que sempre foi uma condição inerente à juventude,
deu lugar ao servilismo e ao carneirismo? É que não são apenas
estes casos ( muitos) relacionados com as praxes! Segundo estudos
recentes, como por exemplo o da Faculdade de Motricidade Humana da
Universidade Técnica de Lisboa, o consumo de drogas, álcool e
fast food ( comida de plástico) tem aumentado exponencialmente.
Por exemplo, no primeiro caso, as drogas, desde 1998, aumentou para o
dobro.
Outro
dado, é que já praticamente não há diferença de comportamento
entre rapazes e raparigas. Havendo mesmo casos, como no consumo de
tabaco, em que elas já os ultrapassaram. Outro exemplo em que tem
havido um nivelamento, é na linguagem. Na utilização compulsiva de
palavrões.
Evidentemente
que diversos fatores explicarão este comportamento, onde não é
alheio a educação na casa dos pais e na Escola. Mas há um
determinante: a imitação. Fazem-no, por que os outros o fazem.
Porque não dizem não. Porque são macaquinhos/as de imitação.
Finalmente,
onde também não dizem não, é à precariedade laboral, aos
salários miseráveis, ao desemprego. Dizem não, é ao sindicalismo,
à política, ao associativismo e a outras formas de se libertarem da
alienação e da subordinação.
Francisco
Ramalho
Corroios,
30 de Setembro de 2017
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