terça-feira, 26 de setembro de 2017

O PSD tem espaço?


O ódio deve ser banido das relações humanas, como tão bem nos ensina (Hurra!, Fernando Gomes) alguém do mundo do futebol. Esforço-me por não odiar ninguém, nem sequer Passos Coelho, a quem devoto um sentimento mais ou menos difuso que, contudo, não esquece o mal que, julgo, fez ao País. Vê-lo varrido da montra de gurus do PSD, um partido que nos habituámos a ver como imprescindível à cena política nacional, dá-me algum prazer, apesar de considerar que o seu possível afastamento venha a prejudicar os imediatos interesses eleitorais da esquerda em geral. Há pouco tempo, Passos parecia inexpugnável na presidência do partido, mesmo em caso de derrota nas autárquicas, o que pode já não ser bem assim. Que Passos se evapore do espaço político, não me faz qualquer diferença. Que, na sua irresponsabilidade, volatilize também o PSD, é muito mais grave. Em termos “passistas”, o PSD não é social-democrata e, mesmo que o fosse, o Partido Socialista desempenha melhor esse papel, como já verificámos no século passado, com Sá Carneiro sem conseguir representação em estruturas internacionais. Se quer ser outra coisa, nas “quimeras” neoliberais, então já não pertence ao nosso espectro partidário habitual.  Gostaria de dizer que, hoje, o PSD faz falta. Mas… fará mesmo? O futuro o dirá!

2 comentários:

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