O governo central de Espanha, de forma musculada, luta para não haver Referendo na Catalunha, sobre o Sim ou Não à independência desta região. Com a justiça abordam a situação da pior forma. Não se pode tapar a boca a milhões de catalães que querem expressar nas urnas o seu dever de cidadania. Esta prática enviesada de democracia do poder central, engrossa a fileira dos simpatizantes do Referendo. A impetuosidade irreflectida de Madrid, aliada aos tribunais, é negativa para a Península Ibérica. A ONU e a UE, neste sensível assunto, primam pelo silêncio ensurdecedor, incompreensivelmente. Mariano Rajoy, chefe do governo, fez tudo para enfrentar os apoiantes do Referendo, não praticando diplomacia e diálogo. Ao invés, prendeu vários políticos catalães. Faltou fazer política, na procura de harmonia, compromisso e equilíbrio.
A feitura do Referendo não é sinónimo de independência, veja-se o caso da Escócia que o fez e
prevaleceu o Não, mantendo-se no Reino Unido. Então, qual o porquê de se estar repressivamente contra o Referendo? Constata-se que há um largo apoio do povo catalão ao seu Executivo, para que haja uma ampla consulta popular e democrática.
A pulsão independentista catalã já vem de longe e abordar esta situação pela força, desafio e agressividade é má conselheira, desvinculando-se da democracia que Rajoy diz defender. Dêm voz ao povo, este ‘é soberano’, como dizem Mariano Rajoy e Cia… quando convém.
Vítor Colaço Santos
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