domingo, 1 de abril de 2018

Páscoa


Pelos vistos, cabe-me a mim, não crente, vir aqui falar da Páscoa. A tarefa não é demasiadamente difícil porque me vou socorrer de um “bordão” de grande peso. Não se trata de um católico “qualquer”, é “bastante” ser o chefe espiritual do movimento cristão, no seu ramo católico.

Exactamente, o papa Francisco que, hoje, na sua mensagem “Urbi et Orbi”, pôs o dedo em muitas das feridas que vão martirizando este mundo cada vez mais irracional ou, melhor dizendo, cada vez mais racional na procura e adoração dos seus ídolos de barro. Só estes lhe interessam e, assim sendo, a parte infinitesimal da população, que vai oprimindo, sistemática e eficientemente, o resto da humanidade, dá grandes provas de organização na conquista e adoração dos seus próprios deuses. Portanto, muito “racionais”.

Francisco falou de muitas iniquidades, mas destaco três pela importância e actualidade: os crimes na Síria, na Palestina e no Iémen. Claro que as preocupações que lhe suscitam questões como as que se relacionam com a Coreia, a Venezuela, o Sudão, o Congo e outras paragens, não lhe passaram ao lado. Mas a mensagem, sempre incensada, sobretudo no mundo católico, vai, infelizmente, cair uma vez mais em saco roto. Alguns dos que o deveriam ouvir com atenção e vontade de combater os males apontados andarão mais atarefados em discutir se, afinal, o Inferno existe ou não existe. Devem andar a preparar-se para recuperar, logo que possível, a urgente discussão bizantina sobre o sexo dos anjos.

1 comentário:

  1. Francisco é um revolucionário! E é mesmo destes que o mundo anda precisado. E por pouco que a muitos pareça, o seu Poder é enorme.

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