Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
sábado, 30 de abril de 2022
JORNALISTAS CONTAM O QUE VIRAM
O medo é mau conselheiro
CALEM-LHE A EMPÁFIA
Bem guardado no seu valhacouto
O criminoso julga-se imune
Nessa imunidade que presume
Todo o mal feito lhe parece pouco.
Prepare-se-lhe já um calabouço
Juntando toda a força que nos une
Nem pensar deixá-lo ficar impune
Ou com castigo de que faça pouco.
Seria péssima coisa acontecer
Deixarem o psicopata perceber
O mundo à sua volta medroso;
Importante é que a besta perceba
Que ameaçar destruír a Terra
Não lhe pode garantir nenhum gozo...
Amândio G. Martins
sexta-feira, 29 de abril de 2022
E uma "porra", é, D. Catarina
Quem ouve perorar D. Catarina Martins, quem tem responsabilidades de governo, no Estado ou nas empresas, só por má vontade ou incompetência não resolve todos os problemas que lhe surgem pela frente; de facto, como se depreende das suas perlengas, é só uma questão de querer resolvê-los, só que os detentores do poder sentem prazer em massacrar a cidadania, obrigando-a a resolver ela as dificuldades que se lhe colocam no dia a dia.
Mas agora que os “ingressos” se lhe fazem curtos para pagar aos trabalhadores do partido, D. Catarina vê-se obrigada a proceder como qualquer empresa, quando os negócios não vão bem, mandando-os arranjar trabalho noutro lado; para as tarefas que desempenhavam parece que se propõe recorrer ao voluntariado, porque as tarefas não terão diminuído, antes pelo contrário, significando que o seu amor à classe trabalhadora, quando é preciso não deixar caír a empresa, não é muito diferente daquele de qualquer empresário...
Amândio G. Martins
Ética, pragmatismo e realpolitik
Sem recuarmos muitos séculos na História, até Sun Tzu ou mesmo Maquiavel, testemunhámos, há poucas décadas, os “ensinamentos” de Henry Kissinger ou Zbigniew Brzezinski, sublinhando a premência de, nas relações internacionais, se dar primazia ao pragmatismo, ao utilitarismo das medidas implementadas. O cinismo deste tipo de pensamento torna-se fundamental para adaptar a actividade humana à objectividade de que é feita a vida, que nunca é como deveria ser, mas como existe na realidade.
Putin manipula como ninguém estes conceitos, bastando-lhe a capacidade inesgotável de cinismo e a total falta de escrúpulos de que dá mostras. Chega a requintar-se com “pormenores” como aqueles bombardeamentos a Kiev, em plena visita do secretário-geral da ONU.
A Federação Russa não é uma entidade política “normal”, e já todos percebemos que, ao nível convencional, tem um poderio militar muito mais débil do que aquele que, há pouco tempo, pensávamos indiscutível. O problema estará em que, pela mão de Putin, a Rússia salte para fora desse “convencional”. Aí sim, tudo será de temer, e talvez valha a pena começar-se já a pensar e agir em termos pragmáticos. Por muito que custe a tantos ofendidos e a longínquos “heróis” irresponsáveis.
Expresso - 06.05.2022
quinta-feira, 28 de abril de 2022
FALSOS ÂNGULOS DA CIVILIZAÇÃO E DA HISTÓRIA
Um rei "civil servant"
Felipe de Espanha tem vindo a mostrar um comportamento em que se percebe a preocupação de fazer esquecer a má imagem que o “velho” deu à monarquia nos últimos anos do seu reinado; desde logo fazendo saber, quando rebentaram os escândalos acerca do comportamento de Juan Carlos, que renunciava a todo e qualquer benefício que eventualmente lhe pudesse advir dos milhões que investigações diversas deram a conhecer, que teria um pouco por todo o lado, conseguidos muito antes de ter abdicado no filho, mas que a inviolabilidade da sua figura, consagrada na Constituição, não permitia à Justiça interferir, mesmo que das falcatruas tivesse conhecimento.
Agora que o pai já terá pago as quantias reivindicadas pela Fazenda Pública, e tem feito saber, através de velhos amigos, que gostaria de acabar os dias na sua pátria, embora ainda se sinta “forte como um urso”, palavras suas, esta eventualidade está a causar engulhos à Casa Real e ao Governo, que parece terem concertado uma forma de fazer saber que, se voltar a Espanha, não haverá na Zarzuela espaço nem orçamento para ele.
Entretanto, veio a público a declaração dos bens pessoais de Felipe VI, permitindo aos espanhóis ficar a saber que o seu rei é o mais pobre de todos os monarcas europeus, com apenas dois milhões e meio de euros, em economias, obras de arte e algumas joias, não constando na tal declaração um único bem imóvel; todavia, como os grupelhos ditos republicanos não perdem nenhuma chance de achincalhar a monarquia, ao deputado único do grupo “Compromis”, Joan Baldovi, da Comunidade Valenciana, não ocorreu melhor coisa para dizer que isto: “El chaval, perdón, El rei, llevava 8 años diciendo que iba a ser transparente”...
Amândio G. Martins
quarta-feira, 27 de abril de 2022
Ambições que matam
ALMAS DOENTES
Se me calhasse a mim ser o “primeiro”
Não me veriam morder a “medalha”
Arrumá-la-ia na vulgar tralha
Sem a basófia do interesseiro.
Satisfeito por ter sido inteiro
Nada veria nela que me valha
Que o que a vida nos aconselha
É não se endeusar tal “mealheiro”.
Já não existe a corrida olímpica
Com aquela dignidade intrínseca
Com que nasceram as Olimpíadas;
Mas uma máquina de fazer milhões
Atletas drogados pelas ambições
Almas doentes e desesperadas.
Amândio G. Martins
A liberdade desceu a Avenida da Liberdade
A liberdade de celebrar o 25 de Abril de 1974 foi entroncada por um mar de gente. Almas sequiosas, em virtude da pandemia, em dar vivas ao processo iniciado naquela data. Nunca vimos tanta gente a bordejar a grandiosa manifestação. Com regozijo, diziam-nos: «Estamos a chegar ao Rossio e ainda há organizações, na praça Marquês de Pombal à espera de desfilarem!». É errado não homenagear aqui o dia mais glorioso da nossa História, porque este regime assenta noutro 25, o de Novembro de 1975. O início do desfile teve 6 carros da polícia(!), duas chaimites e um largo intervalo até chegar ''a'' cabeça do evento. A JCP, de forma aguerrida e sonora, gritava: «O Povo unido jamais será vencido!». O PS, atrás repetia este mote com 48 anos. O Povo desunido continua vencido e este partido com tantos anos de presidências e governos deve pôr a mão na consciência política... O BE com a sua juventude exuberante agigantava-se no eco das palavras que lavram e lutam. Um enorme pano vermelho era o epicentro do Manifesto em Defesa da Cultura, que invariavelmente assumia com elevado som sincronizado: «1% para a Cultura!», «O Estado tem na Constituição o apoio para a Cultura como obrigação!», e «A luta continua no Teatro e na rua!». Esta palavra de ordem também serviu para intercalar a poesia, o cinema, as bibliotecas, a televisão [pública], a literatura.
terça-feira, 26 de abril de 2022
48 anos da Revolução de Abril
COMEMORAR O 25 DE ABRIL
Ontem, comemorando o 25 de Abril, fui, com a minha gente, almoçar ao restaurante Casa Pancada, em Vieira do Minho, casa e lugar de que sou fã desde há muitos anos.
Quando tudo se arrisca...
Os ultradireitistas de todo o mundo, para quem Trump foi por algum tempo a lanterna-guia, ficaram órfãos com a sua derrota, necessitando, como pão para a boca, da vitoriazinha de algum companheiro ideológico, fosse onde fosse, sendo a vitória do sujeito da Hungria uma injecção de ânimo, mas o que eles queriam mesmo era ver na presidência de França aquela “barrica de banha”, que acaba de somar agora a sua terceira derrota naquela corrida.
É que a maioria dos franceses votantes, por muito que Macron não tenha sido o presidente dos seus sonhos, perante tão sinistra alternativa, garantiram a eleição do“mal menor”, quem sabe se reservando para a outra mais um premiozinho de consolação, nas próximas legislativas, o que não deixará de criar entropias ao trabalho do agora eleito, mas é assim a “lotaria” democrática.
Mas tal como os comunistas portugueses, que sempre arranjavam maneira de dar às derrotas um ar de vitória, talvez com excepção da última, que foi mesmo demolidora, também os populistas da ultradireita festejaram por todo o lado o resultado da francesa, como tendo conseguido uma grande vitória, a começar por ela própria.
E vi coisas tão caricatas como Alfonso Fernández Mañueco - que para formar governo em Castilla Y León, se viu obrigado a satisfazer todas as exigências de Vox - dar os parabéns a Macron, enquanto os seus sócios de governo os davam a Le Pen. Mas este Mañueco, que se lê manhueco, que nem pôde contar, na tomada de posse, com a presença do líder nacional, que não quer aparecer na foto com Abascal, não tarda vai ver-se secundado em Andaluzia, porque na ânsia de governar em solitário, o líder desta comunidade também vai convocar eleições antecipadas, sem receio de vir a trocar um parceiro leal, como tem sido "Ciudadanos", pela extrema-direita, que são quem mais eleitorado lhes vem roubando...
Amândio G. Martins
segunda-feira, 25 de abril de 2022
"Reserva de Índios"
Sendo Portugal um país que, a par de Espanha, constituía o que de mais atrasado havia na Europa, o passo de gigante que em abril de 74 se pretendeu dar na restauração da democracia, que o dito “Estado Novo” havia tanto tempo tinha amordaçado, foi tolhido por aventureirismos que por pouco não descambaram numa cruenta guerra civil.
Não fôra aquela atempada correcção, em novembro de 75, e o trabalhinho de sapa de mentores de ideologias que nada tinham a ver com o sentir da maioria dos portugueses tinha surtido efeito, porque muitos dos fautores do quanto pior melhor, para quem expulsar das empresas os seus criadores e legítimos gestores era “socialismo”, já tinham dado a coisa como quase amadurecida.
O 25 de novembro foi o que já demorava, a começar por grande parte daquelas populações a quem uma coisa chamada “5ª Divisão” tinha tentado inqualificáveis lavagens ao cérebro, sem o menor respeito pelos seus usos e costumes, que começaram por lhes correr bem a princípio, mas só enquanto pareceram novidade bem intencionada.
Só que as pessoas depressa caíram em si, entretanto prevenidas por quem tinha da democracia concepção bem diferente; e quando mais tarde uma nova incursão foi tentada, em jeito de “folow up”, aqueles "doutrinadores" sentiram o sabor amargo da rejeição.
Sendo improvável terem por cá sucesso tão estapafúrdias ideias, como se tem verificado em sucessivas eleições, estruturar com elas um Estado só seria possível por imposição da força, e de tal desgraça acabava de saír o país; mas se, por absurda hipótese, tal se pudesse ter verificado, seríamos hoje, na Europa, uma espécie de “reserva de índios”...
Amândio G. Martins
Todos atiram a primeira pedra, mas…
Nesta imensa tragédia que é a guerra da Ucrânia, não haverá ninguém completamente isento de erros. Países e organizações, através dos seus representantes, de um lado e do outro, talvez apenas o Papa Francisco possa ser eximido desse ferrete. Mesmo António Guterres (A.G.), secretário-geral da ONU, titubeou demasiado tempo sem anunciar iniciativas que notoriamente pudessem contribuir para uma mediação frutuosa entre os beligerantes. É claro que A.G., na sua tradição de sincero humanista, não tardou a lamentar as vítimas da violação, por parte da Rússia, da Carta das Nações Unidas. Talvez tivesse sido preferível que se apressasse, numa postura de maior dureza, a exigir da Rússia, membro do Conselho de Segurança, o escrupuloso cumprimento daqueles preceitos. Sucumbindo à compaixão perante a dor dos ucranianos, A.G. hipotecou, cedo de mais, a autoridade e o múnus com que poderia “forçar” Putin a resolver as suas diferenças com a Ucrânia, ou mesmo com a NATO, na mesa das conversações, e não no pavoroso teatro de guerra em que transformaram os caminhos ucranianos violados.
Tenhamos alguma esperança nas diligências de A.G. agora anunciadas. Mas poucos acreditarão em “milagres”...
Público - 26.04.2022
domingo, 24 de abril de 2022
PARCIALMENTE VERDADEIRO, EM VEZ DE PARCIALMENTE FALSO
Taras e manias
DA SAÚDE MENTAL
Nunca quis ser o foco das atenções
Gosto de observar despercebido
Sentir-me um ser livre é do que preciso
Sem buscar artificiais promoções.
Quem se preocupa com tais pretensões
Vida vazia sem nenhum sentido
Quando algo tiver aprendido
Já sofreu escusadas humilhações.
Para quê a gente pavonear-se
Tantas vezes ridículo disfarce
Que todos vão acabar por perceber;
Se sobressaíres com boas acções
Sentirás o que são boas emoções
Para alimentar vontade de viver.
Amândio G. Martins
sábado, 23 de abril de 2022
Abril primaveril engolido por Novembro invernal
É cada vez mais difícil descobrir alguém com carácter político genuíno que leve a sério as comemorações com aval governativo e presidencial, dos 50 anos do 25 de Abril. A actual vigência política não advém desta data, mas sim!, do golpe militar concretizado em 25 de Novembro de 1975. Porquê então as comemorações oficiais daquela gloriosa data? Porque a liberdade oficial que nos impingem é a liberdade da burguesia enriquecer exponencialmente e o proletariado
COMO VEJO A GUERRA
Perigosa frustração
No meu tempo de catraio, os putos juntos gostavam de exibir uns aos outros a sua “machesa”, ora demonstrando quem tinha a pila maior, ora quem conseguia “mijar” mais longe; “canalha”, diziam os adultos, quando surpreendiam essas cenas, pondo em debandada a “malandragem”.
Quando agora mostraram aquela “coisa” que o psicopata russo se viu na necessidade de exibir ao mundo, ameaçando que pode atingir, com a sua “mijadela”, qualquer ponto do globo, o arroto da insolente figura pareceu-me uma evidente demonstração da sua impotência pessoal, sentindo-se imensamente frustrado por verificar a imensidão de gente que não nutre pela sua figura a menor consideração...
Amândio G. Martins
quinta-feira, 21 de abril de 2022
Perguntamos: Porquê?
Todo o desinteressado apoio ao Povo ucraniano contra a destruição e carnificina, perpetrada pelo «czar» Putin, é imperioso. Este revela o cúmulo do cinismo, quando chama ''operação especial'' à guerra de ocupação na Ucrânia.
Mas porquê a Assembleia da República, definida como a Casa da Democracia, receber V. Zelensky, presidente deste país, que tem uma prática de democracia autoritária e escangalhada? Corporiza um poder xenófobo e belicista, sendo apoiado por fascistas e nazis no seu governo. Nas últimas eleições na Ucrânia, aquele ilegalizou 11 partidos! Igualmente o PC da Ucrânia. É ou não real o respaldo que Zelenski dá à milícia nazi de Azov? É! Este, fez uma tirada infeliz para a AR, mantendo pontos de contacto com a Revolução do 25 de Abril, perdendo um ensejo de não manifestar a sua ignorância sobre os seus propósitos: Aquela gloriosa data teve como objectivo acabar com a Guerra Colonial e o fascismo!
"Matai-os a todos"!
É sobejamente batida a frase que, nas guerras, a verdade é sempre a primeira “baixa”, e faz todo o sentido que assim seja, em grande parte das situações, para não dar ao outro lado na contenda informações que lhe podem ser preciosas; todavia, se prestarmos atenção ao que diz aquela figura robótica que nos dá a “informação” filtrada pela ministério da Defesa russo, a Ucrânia seria, de uma ponta à outra, um enorme estaleiro militar.
É que todos os dias o ouvimos dizer que os seus mísseis de alta precisão destruíram instalações militares e fábricas de armamento, mas nem uma única vez se ouve aquela máquina de mentir referir aquilo que realmente destroem, que está à vista do mundo inteiro, à excepção do manipulado povo russo.
E faz sentido o que um dia destes ouvi numa televisão espanhola: Que o comando daquela brigada que em Bucha massacrou deliberadamente a população, teria perguntado para Moscovo o que fazer com aquela gente, recebendo como resposta que os matassem todos; faz todo o sentido porque, depois de o mundo ficar a saber o que fizeram, soube-se agora que o psicopata presidente acaba de os condecorar pelo bom trabalho realizado...
Amândio G. Martins
quarta-feira, 20 de abril de 2022
Autosuficiência
LIVROS
Dois mil e muitos no mundo de Cristo
Muitos cristãos nada ligam aos livros
Triste forma de se mostrarem vivos
Que Cristo não aprovaria isto!...
Num tempo dia a dia mais sinistro
Bons livros podem ser bem decisivos
Mostrando como nascem os perigos
Para o que inventam requisito.
A leitura revela-se importante
Para nos desviarmos do rompante
Dos que nos atropelam sem respeito;
Louvemos quem lutar pela mudança
Não deixando perder a esperança
Num mundo onde só reine o direito.
Amândio G. Martins
Cuidado com Zelensky
Face ao estado a que a guerra levou o seu país, com a morte e a destruição em todas as esquinas, é compreensível que Zelensky, sob uma pesadíssima avalanche de pressões, exiba um tom de crescente irritabilidade para com o Ocidente, bem patente no irrealismo de algumas das exigências que lhe endereça. Espera-se, no entanto, que os países ocidentais, em especial os da UE, se concentrem no essencial, não se deixando levar por estados de alma que, embora justificáveis, podem ser maus conselheiros. Apesar de toda a comoção que a guerra e a sua imagem televisiva nos provoca, exige-se dos Estados uma racionalidade inabalável. A realpolitik, por muito que custe - e custa sempre! - existe, e tem regras que não podem deixar de ser observadas, para interesse de todos os povos. Cuidado, pois, com os lancinantes apelos de Zelensky, que podem estar a arrastar-nos a todos para um mal próximo do absoluto.
Perguntar-se-á se não devemos ter atenção e cuidados para com Putin. Pois, mas com “esse” já estamos todos mais do que avisados. Excepto, talvez, os que, ainda assim, vão votar na senhora Le Pen.
terça-feira, 19 de abril de 2022
A verdadeira essência da guerra...
A invasão dum país soberano - a Ucrânia, pela Rússia, tem provocado imensa destruição e morte a mando do seu presidente, V. Putin. O que o comum cidadão sabe são as notícias veiculadas pelo Ocidente. Interessaria conhecer o que diz a Federação da Rússia e o pouco que se vai sabendo é o que esta nomenclatura quer que se saiba, com o aval do novo «czar», Putin. Registe-se que este proibiu toda a informação vinda do seu país, pelos jornalistas ocidentais. Que fez a Comissão Europeia? Retaliou e usou da mesma censura - de Oeste para Leste. Um erro infantil e grosseiro!
Mas qual é a verdadeira essência, desta guerra que prenuncia a III Guerra Mundial, e que não vemos nem ouvimos nem lemos? É o enorme arsenal de armamento que é preciso vender... O jornalismo não tem sido desassombrado nesta matéria fulcral. As megas toneladas de material de guerra em armazém precisam de ser escoadas, usadas e vendidas. Arrasam património e matam civis inocentes, mas o que conta para a indústria do armamento é o mais e o maior florescente negócio, que rende triliões de dólares/euros multiplicados. Afinal, existe uma indústria da morte!, e os países que sancionam a Rússia são os maiores exportadores deste material bélico(!). Pobre soldadesca russa e ucraniana, que são carne para canhão porque não interessam para nada?! A guerra Rússia/Ucrânia não tem fim à vista. Estará para durar. Gostaríamos que não!
Viver desperto
DO MAL vs BEM
Não sei quantos anos serão muitos
E eu sinto que tenho muitos anos
Mas percebo os capciosos enganos
Se me querem meter no rol dos tontos.
Para as promessas lindas sempre prontos
Sem reparar nos escondidos danos
Mas nem todos tão confusos andamos
Para crermos em coloridos contos.
O mal que nos surge pintado de bem
Insinuando-se como lhe convém
Vai poder fazer mal impunemente;
Os que se presumem iluminados
Certos de que não serão enganados
Ouçam melhor a precavida gente...
Amândio G. Martins
domingo, 17 de abril de 2022
"Liberdade de expressão"
É sabido que a plataforma Twitter traz debaixo de olho os aldrabões que propagam todo o tipo de falsidades, tendo já impedido alguns dos mais notórios deles de passarem pela sua rede o que bem entendam, o que a mim me parece a melhor forma de defender a liberdade de expressão de tudo que possa ser verdade verificável, mas tapando o caminho aos burlões.
Quando li que o argumento do excêntrico multimilionário Elon Musk, ao anunciar uma oferta pública de aquisição, na tentativa de deitar a endinheirada manápula ao Twitter, é a defesa da liberdade de expressão, a primeira coisa que me ocorreu é que estará a pensar naqueles a quem foi cortado o pio por mau comportamento, que serão todos malta da sua “corda”...
Amândio G. Martins
sábado, 16 de abril de 2022
Eunice Muñoz - a Rosa vermelha
sexta-feira, 15 de abril de 2022
O PSD tem saudades no corte dos salários...
O desgoverno do PSD/Passos Coelho foi muito além das medidas impostas pelos usurários da troika. Deixou um rasto de miséria, fome e no limite, até suicídios houve... sei do que digo. Mas, ainda há figuras medíocres naquele partido, que queriam ainda mais darwinismo social... foi o que afirmou a sua deputada, Mónica Quintela, no debate do programa do governo no Parlamento: Passos devia deixar sem salário os funcionários públicos, durante um ou dois meses(!). Esta senhora, além de revelar uma enorme insensibilidade social, é uma espertalhona, pois podia incluir-se no grupo daqueles não remunerados, mas não, a austeridade foi, sobretudo, para os vulgares cidadãos. A deputada do PSD, Isabel Meireles presidir à Comissão Parlamentar do Trabalho, para os trabalhadores, é um mau augúrio... Este partido não é social-democrata e este nefasto exemplo, entre muitos, comprova-o, arriscando-se assim a fazer - uma longa travessia no deserto. Tomara que assim seja!
Vítor Colaço Santos