ALMAS DOENTES
Se me calhasse a mim ser o “primeiro”
Não me veriam morder a “medalha”
Arrumá-la-ia na vulgar tralha
Sem a basófia do interesseiro.
Satisfeito por ter sido inteiro
Nada veria nela que me valha
Que o que a vida nos aconselha
É não se endeusar tal “mealheiro”.
Já não existe a corrida olímpica
Com aquela dignidade intrínseca
Com que nasceram as Olimpíadas;
Mas uma máquina de fazer milhões
Atletas drogados pelas ambições
Almas doentes e desesperadas.
Amândio G. Martins
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