quarta-feira, 27 de abril de 2022

Ambições que matam

 

ALMAS DOENTES

 

Se me calhasse a mim ser o “primeiro”

Não me veriam morder a “medalha”

Arrumá-la-ia na vulgar tralha

Sem a basófia do interesseiro.

 

Satisfeito por ter sido inteiro

Nada veria nela que me valha

Que o que a vida nos aconselha

É não se endeusar tal “mealheiro”.

 

Já não existe a corrida olímpica

Com aquela dignidade intrínseca

Com que nasceram as Olimpíadas;

 

Mas uma máquina de fazer milhões

Atletas drogados pelas ambições

Almas doentes e desesperadas.

 

Amândio G. Martins

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