terça-feira, 12 de abril de 2022

Carmen Garcia


Ninguém encostou uma pistola à cabeça de Putin para que ordenasse a invasão da Ucrânia. Ele fê-lo, e deu azo a aparecerem as evidências de um chorrilho de horrores. Teremos, nós e os futuros, de o incriminar, quanto mais não seja, no tribunal da consciência humana, pelas atrocidades cometidas.

Posto isto, devemos fechar a discussão, considerando que tudo está já dito, como faz Carmen Garcia (C.G.) na sua crónica dominical no PÚBLICO? C.G. mostra-se incomodada com quem dá ao pensamento a liberdade de analisar assuntos sem fechar dossiers a meio, parecendo-lhe que isto é desculpabilizar criminosos, “‘justificar’ o horror”. Engana-se, confundindo “notáveis” (?) com gente munida de espírito crítico e “humanismo” com apagamentos da História. O que muitos desses “notáveis” querem é que não se esqueçam erros e erros acumulados por todos os lados em confronto, não apenas pela Rússia (isto, por muito que custe a C.G., não é defender o Kremlin!). 

Talvez fosse bom para C.G. ver a entrevista de Putin a Oliver Stone, circunstanciada com elementos documentais das épocas, descontando-lhe, obviamente, a propaganda. Poderia compreender que não foi por estar sossegado, sentado no seu cantinho, que o Ocidente foi agora ultrajado.

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