quinta-feira, 28 de abril de 2022

Um rei "civil servant"

 

Felipe de Espanha tem vindo a mostrar um comportamento em que se percebe a preocupação de fazer esquecer a má imagem que o “velho” deu à monarquia nos últimos anos do seu reinado; desde logo fazendo saber, quando rebentaram os escândalos acerca do comportamento de Juan Carlos, que renunciava a todo e qualquer benefício que eventualmente lhe pudesse advir dos milhões que investigações diversas deram a conhecer, que teria um pouco por todo o lado, conseguidos muito antes de ter abdicado no filho, mas que a inviolabilidade da sua figura, consagrada na Constituição, não permitia à Justiça interferir, mesmo que das falcatruas tivesse conhecimento.

 

Agora que o pai já terá pago as quantias reivindicadas pela Fazenda Pública, e tem feito saber, através de velhos amigos, que gostaria de acabar os dias na sua pátria, embora ainda se sinta “forte como um urso”, palavras suas, esta eventualidade está a causar engulhos à Casa Real e ao Governo, que parece terem concertado uma forma de fazer saber que, se voltar a Espanha, não haverá na Zarzuela espaço nem orçamento para ele.

 

Entretanto, veio a público a declaração dos bens pessoais de Felipe VI, permitindo aos espanhóis ficar a saber que o seu rei é o mais pobre de todos os monarcas europeus, com apenas dois milhões e meio de euros, em economias, obras de arte e algumas joias, não constando na tal declaração um único bem imóvel; todavia, como os grupelhos ditos republicanos não perdem nenhuma chance de achincalhar a monarquia, ao deputado único do grupo “Compromis”, Joan Baldovi, da Comunidade Valenciana, não ocorreu melhor coisa para dizer que isto:  “El chaval, perdón, El rei, llevava 8 años diciendo que iba a ser transparente”...

 

Amândio G. Martins

 

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