Essa gente que, um pouco por todo lado, por cá também, para nossa vergonha, não se poupa de esbracejar no sentido de branquear as acções do abominável psicopata russo, alguns deles rebuscando continuadamente acontecimentos com os quais a situação actual não tem qualquer similitude, misturando alhos com bugalhos, num exercício completamente enviezado, passa sempre por cima do objectivo que o ditador russo anunciou ao mundo: “anular a capacidade militar da Ucrânia”.
Para estes pseudopacifistas, o que está errado nos inenarráveis actos do invasor, não são esses actos eles mesmos, mas os ucranianos resistirem e os apoios que vêm recebendo do mundo livre, para poderem manter a resistência, o que está em linha com a filosofia putinesca, que avisou que quanto maior for a oposição que lhe fizerem, maior será a destruição que provocará, ficando as vítimas com esse problema na consciência.
Tal como Ivan Espinosa de los Monteros, um dos brutamontes da cúpula ultradireitista espanhola, também o líder do “nosso” PCP não concorda que o presidente ucraniano possa falar ao nosso Parlamento, porque isso, alega aquela preclara mente, é contrário à paz, pela qual um Parlamento deve pugnar.
No caso do espanhol, figura de uma tal probidade que até tem o vencimento de deputado penhorado por um tribunal, para pagar um calote de sessenta mil euros que deixou à empresa que lhe reformou a moradia, revoltou-se contra Zelenski por este ter aludido a Gernika, quando no Congresso dos deputados espanhóis comparou este terrível acontecimento aos massacres que o seu país vem sofrendo; é que para os fascistas espanhóis, uma tal comparação vai ferir o legado do seu ídolo Franco...
Amândio G. Martins
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