Face ao estado a que a guerra levou o seu país, com a morte e a destruição em todas as esquinas, é compreensível que Zelensky, sob uma pesadíssima avalanche de pressões, exiba um tom de crescente irritabilidade para com o Ocidente, bem patente no irrealismo de algumas das exigências que lhe endereça. Espera-se, no entanto, que os países ocidentais, em especial os da UE, se concentrem no essencial, não se deixando levar por estados de alma que, embora justificáveis, podem ser maus conselheiros. Apesar de toda a comoção que a guerra e a sua imagem televisiva nos provoca, exige-se dos Estados uma racionalidade inabalável. A realpolitik, por muito que custe - e custa sempre! - existe, e tem regras que não podem deixar de ser observadas, para interesse de todos os povos. Cuidado, pois, com os lancinantes apelos de Zelensky, que podem estar a arrastar-nos a todos para um mal próximo do absoluto.
Perguntar-se-á se não devemos ter atenção e cuidados para com Putin. Pois, mas com “esse” já estamos todos mais do que avisados. Excepto, talvez, os que, ainda assim, vão votar na senhora Le Pen.
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