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sábado, 30 de abril de 2022
REFUGIADOS BONS, MAUS E IMPARCIALIDADE
Diversas ONGs e jornalistas, acusam a FRONTEX (guarda costeira da UE que opera especialmente no Mediterrâneo), de deixar refugiados provenientes especialmente do norte de África à deriva nos seus botes de borracha ou noutras precárias embarcações. Ou, pior ainda, recambiá-los para os seus países de origem.
Entretanto, como se sabe, aos refugiados ucranianos, só falta lavarem-lhes o cu com água das malvas.
Passe o exagero, a ironia, pois todos os refugiados, independentemente da sua origem, devem ser tratados com humanidade, mas atente-se nestas imensa discriminação e hipocrisia.
Explicação? Ora qual é que havia de ser! É que os que morrem afogados ou são recambiados por exemplo, para a Líbia, onde vigora um autêntico comércio de escravos, são refugiados das guerras do Império, da NATO, e de alguns países da obediente UE, como a França ou a Inglaterra. Portanto, das guerras boas (Líbia, Síria, Iémen, Afeganistão, Iraque, Palestina), e os ucranianos, são refugiados da guerra má, da que está a dar e convém continuar, da que tem todos os holofotes dos media ocidentais, a da Rússia.
Outro exemplo da “imparcialidade” do Império, da obediente UE e não só, é o caso de um país “perdido” nos confins da Oceânia, com uma população que não chega a um milhão de habitantes (690.000) e com a área de 28.450 Km2, as Ilhas Salomão.
Pois bem, o Governo das Ilhas Salomão, decidiu assinar um acordo em matéria de segurança com a China.
Em Tóquio, Camberra e, claro, em Washington, tocaram logo as campainhas de alarme. Isto, na região onde já existe uma aliança militar, a AUKUS (uma segunda NATO), entre a Austrália, o Reino Unido e os EUA.
E estes últimos, o Império, foi ao ponto de ameaçar de imediato: se a China estabelecer uma presença militar , de facto, naquelas ilhas, “isso levantará sérias preocupações aos EUA, que retaliarão em consequência”.
Ou seja, os que dispõem de 80 bases militares por todo o mundo, que felicitam a Suécia e a Finlândia pela sua provável adesão à NATO, que a colocam junto das fronteiras da Rússia (um dos principais motivos da guerra na Ucrânia), arrogam-se no direito e ameaçam um minúsculo país a milhares de quilómetros, pelo facto exposto.
Portanto, acordos de defesa, só com o Império ou com o seu braço aramado, a NATO.
É nisto que os arvorados capatazes do mundo, o transformaram.
Haja quem tenha a dignidade de os olhar olhos nos olhos, lhes chame aquilo que são, e lhes diga: NÃO!
Francisco Ramalho
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