Esquisitices...
Com o título “Fazer ao contrário”, o prof. Helder Pacheco
escreve, na sua crónica no JN: “Assistimos ao encarniçar contra o turismo.
Que está a matar o Centro Histórico, a Baixa, as lojas e já nem se fala à moda
do Porto. Se não fosse sério, seria uma comédia.
Porque quando o Bairro da Sé definhava ao abandono, o Porto
perdia mais de cem mil habitantes e se autoimplodia em degradação, poucas vozes
e poucos protestos se insurgiam.
E, do comércio, quem matou... ( enumera duas dezenas e meia
de grandes nomes comerciais ) e centenas de casas de prestígio. Quem as matou?
O turismo? Não brinquem comigo.
Quem ia matando a cidade, transformando-a em subproduto da
urbanidade perdida, foram objectivos espúrios de terciarização da Baixa. E
transformaram uma cidade empolgante de gente e vida em fantasma de si mesma.
Não brinquem comigo. O turismo está a ser a salvação de
muito do melhor da cidade: novo comércio, nova convivialidade, novas
actividades culturais. O importante é transformá-lo de factor emergente em
factor de desenvolvimento.”
Amândio G. Martins
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