quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Juan Guaidó passou a “fronteira”


No fulgor da juventude dos seus 35 anos, e no clímax da popularidade, Guaidó excedeu-se quando, recuperando a “ameaça” de Trump, pediu aos países seus “aliados” que considerem “todas as opções” para a Venezuela. Que quer isto dizer? Só pode ser guerra. Ter-lhe-á fugido a boca para a verdade, desvelando que, na realidade, o que quer é o Poder a qualquer custo, ainda que fazendo trampolim das desgraças do seu povo? Nesse caso, a ajuda humanitária que impulsionou não passará de simples arma de propaganda política.
O certo é que, depois de ver que a União Europeia e o próprio Brasil “bolsonoriano”, pela voz do vice-presidente Hamilton Mourão, não estão p’raí virados, recuou, ficando-se candidamente pelas exigências a Maduro de que o apoio humanitário possa entrar na Venezuela.
Guaidó não pode esquecer-se de que o seu “mandato” como presidente interino, assim reconhecido por diversos países, não passa de organizar eleições livres, tão cedo quanto possível, a partir do momento em que tenha as necessárias condições. Nada mais do que isso.

4 comentários:

  1. Apesar de tudo ainda há uma diferença entre quem quem quer dar comida a quem tem fome e quem a queime para marcar posição... Ou não?

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    1. Claro que sim. Mas não deixará de ter importância saber se a ajuda é desinteressada ou não. Neste caso, em que Guaidó apenas serviu de caixeiro-viajante (para não dizer "moço de entregas), como a "comida" vem de Trump, tenho sérias dúvidas sobre a sua "pureza bacteriológica".

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    2. Percebo a argumentação.... mas são comida e medicamentos. Comida e medicamentos para quem está esfomeado e doente.

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    3. Totalmente de acordo. Eu desejaria que não faltasse comida e medicamentos, vindos de onde vierem, na Venezuela, em África e, afinal, em todo o mundo. Como o Fernando bem percebeu, o meu ponto é outro. É que também penso que, como “não há almoços grátis”, os venezuelanos vão ter de pagar a ajuda. Mais tarde ou mais cedo e, com quase toda a certeza, com “língua de palmo”.

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