De vez em quando lá vêm eles queixarem-se do salário(!) que auferem no exercício das funções em que se ocupam. Não raras vezes, agentes policiais, guardas prisionais, pessoal das autarquias, funcionários hospitalares e da coisa pública, mas sobretudo políticos que se sentam no hemiciclo da Assembleia da República, apresentam na praça e nos jornais, lamentos sobre o que ganham enquanto deputados. Se todos os que aqui estão nomeados, se sentem injustiçados, porque entendem que estão mal pagos, o que é que os impede de mudar de vida e irem por esse mundo na procura de melhores condições e de salários mais compatíveis com a sua prestação enquanto trabalhadores? Porque não experimentam percorrer os caminhos, santuários e calvários, daqueles desempregados ou mal pagos, que fazem a trouxa e se põem a caminho à procura de novas oportunidades, e com essa atitude até enriquecerem os seus conhecimentos e ficarem a saber o sofrimento de quem está obrigado a largar casa e família, para obter o rendimento que chegue para ter uma vida mais digna e matar a fome à família com melhor rendimento? Desta vez foi a deputada Isabel Moreira, rapariga leve, mas de verbo desinibido, membro das “capelinhas”, que vem-nos repetir o slogan, de que os políticos estão mal pagos. Será que o trabalho por ela produzido e com a qualidade que se lhe exige, merece maior remuneração ou até aquela que o país lhe paga está acima do seu real valor e produção útil, que dê ao povo que a elegeu, melhor qualidade de vida? Qual será a verdadeira razão, para que os agentes aqui identificados, se acham que estão mal no seu “emprego”, não mudam à procura de outro, como fazem os trabalhadores sacrificados ou até ansiosos por se realizarem em percursos que aqui neste país lhes estão vedados ou suspensos? Há um ditado popular que nos lembra, que “quem está mal, muda-se”. O que é que os trava, a ficarem a saber o sacrifício que é arranjar trabalho e a colecionar carimbos na folha do IEFP,agora dispensados, no tempo actual, e com condições dignas, aonde esteja implantado o respeito pelos direitos humanos?
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