Foi feito um banquete (a preço de saldo) no corpo central do Panteão Nacional, espaço de silêncio e respeito, onde os nossos melhores concidadãos - ali repousam. Sem exagero, um evento macabro. Naquele espaço faz sentido: concertos de música erudita, recitação poética e conferências/apresentações de escritores com seus livros. Como exemplo, assistimos a um brilhante concerto de música sinfónica em homenagem ao notável escritor Aquilino Ribeiro, aquando da sua transladação para o Panteão Nacional.
PSD/CDS são os autores da péssima lei que abriu portas àquele infeliz lauto repasto e quem o
permitiu teve uma atitude miserável. O apuramento de responsabilidades já não vai a tempo de
ter evitado o aviltamento. Quem lhe deu o aval deve ser demitido, já! A situação é indigna, no correcto juízo de António Costa, mas… também é indigno os monumentos, carregados da nossa
milenar História, não terem meios financeiros e serem obrigados a mercantilizarem-se.
Comentadores televisivos bem pagos dizem que o tema não é prioridade para debate nacional(!). Certamente, há matérias mais candentes, mas o Património Cultural faz parte do nosso ADN, devendo ser discutido, preservado, respeitado, valorizado e dotado de meios para ter vida.
Violação dos nossos símbolos nacionais - nunca mais!
Público - 16.11.2017
Expresso - 18.11.2017
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