quarta-feira, 22 de novembro de 2017

E se oficialmente lhe disserem que é proprietário de algo que nunca teve?

Eu explico: estava no portal das Finanças, mais precisamente em e-facturas, quando, passando pelo espaço da agenda fiscal, se me deparou ter adquirido uma viatura que não fizera!
Estupefacto, dirigi-me à esquadra central da PSP, porque era fim-de-semana, para que eventualmente fosse apreendido o referido veículo, no qual nunca tinha postos os pés nem as mãos, mas do qual, fiscal e criminalmente, era e sou responsável.
O senhor agente não aceitou, nem registou qualquer tipo de queixa ou ocorrência, pois, ao consultar o policial ábaco electrónico de última geração, não encontrou tal matrícula.
Na segunda-feira fui a uma repartição de finanças e, de facto, era oficialmente dono de um automóvel novinho em folha.
Disse-lhe que não, mas a funcionária assim recalcitrou: - veja lá se não comprou mesmo, pois aqui diz que a data início de propriedade sua é bem 15/11/2017!
Olhei bem para dentro de mim mesmo e questionei-me: - não estarei com amnésia?
Saí da repartição de finanças como quase tinha entrado, mas com a informação da firma importadora do veículo.
Já em casa, consultando o Google, para saber o telefone do importador, lá telefonei para Azambuja. Então, da telefonista até ao colaborador que cortesmente me atendeu, nada adiantei.
Dou comigo a caminho da loja do cidadão mais próxima, para tentar deslindar o problema.
Após tirar a ficha, tempos infindos depois estou sentado defronte de um prestimoso funcionário da conservatória de registo automóvel. Ouvindo a minha confissão de ser possuidor de uma viatura que não adquiri, pouco depois viu qual o motivo de tal imbróglio: quem preencheu os dados da declaração de venda da viatura comprada por outro alguém, colocou erradamente o meu número de contribuinte. Contudo, o caso não ficou encerrado. Estou a aguardar um telefonema do funcionário que me atendeu.
Entretanto, pergunto: não há cruzamento de dados ao preencher-se os documentos oficiais nos portais respectivos, em que o nome de um qualquer cidadão não corresponda ao nif inserido, ou vice-versa?

José Amaral

3 comentários:

  1. Se o caso que o senhor Amaral aqui reporta for mesmo só um mero lapso, andará com sorte; mas se foi roubo de identidade, como tantas vezes acontece, está metido numa alhada dos diabos. É que o abuso de nos pedirem fotocópia do Cartão de Cidadão para tudo, e parece que até mesmo srviços oficiais o fazem, apesar de ser proibido, tem deixado a vida de muita gente de pernas para o ar...

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  2. Meu Amigo, penso que tudo indica que foi um aborrecido engano que ainda não foi corrigido, pois continuo com um carro invisível do qual sou responsável fiscalmente. Vamos ver em que isto vai dar.

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  3. Companheiros: o problema ficou resolvido pelas 14H30 de 22/11, pelo que agora já não me pertence o automóvel que nunca tive.
    Um grande abraço.

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