Foi mesmo sinistro.
Um dos peritos que fez parte daquela comissão independente,
nomeada para analisar o fogo de Pedrógão,
viu arderem-lhe vinte hectares do que era o primeiro medronhal certificado do
mundo.
Biólogo e professor da universidade de Aveiro, Carlos
Fonseca diz ao JN que tinha preparado o terreno de acordo com todas as regras
de segurança, que conhece como poucos; gastava dez mil euros por ano em limpeza
mas a violência das chamas passou por cima de todas as regras!
Todos os testemunhos mais credíveis no terreno, como os dos
mais directamente afectados, já tinham referido a rapidez e violência como tudo
tinha acontecido, não dando tempo a que os socorristas pudessem sequer
minimizar os danos; mas os costumeiros abutres destas situações não perderam
tempo no aproveitamento da desgraça, “crucificando” quem estivesse mais à
mão...
Amândio G. Martins
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