sábado, 25 de novembro de 2017

E ainda há quem o bajule

Acabo de ler a crónica de Filomena Mónica no semanário Expresso desta semana (18/11) e nem imaginam a satisfação que senti no fim pois para além de um artigo de opinião é também uma verdadeira aula de sociologia a respeito de José Sócrates. Já agora, aproveito a ocasião para confessar que a minha concordância é total pois desde o início da sua carreira como governante, sempre me impressionaram certos tiques. Como esquecer a sua vocação para o "mise en scène" aquando da impulsão das torres em Tróia tentando fazer crer que era ele mesmo que ia provocar a detonação, e para seu azar, uma das torres começou a cair mesmo antes de carregar na alavanca? Mas aquela cena foi apenas a primeira do filme de terror que produziu enquanto que, para nossa desgraça, exerceu aquele alto cargo. Também não consigo esquecer a cena da sua chegada de Évora à casa que servia de cenário para encobrir a encoberta para onde se dirigiu e já lá estavam os amigos. Para completar esta cena, o "mise en scène" até meteu a entrega de pizas e Coca Cola na casa cenário enquanto lá atrás, na vivenda com piscina se degustavam lagostas com champanhe Moet Chandon. Finalmente, também aprendi com a sua aula foi quando o considerou uma personagem sinistra. E é mesmo. Sem me socorrer da tradução de "esquerda" para italiano pois eles lá terão as sua razões, mas recorrendo ao dicionário inFormal que diz: estranho, medonho, cavernoso, obscuro, perigoso . . . algo sem explicação. Termino com um muito obrigado à corajosa  Drª Filomena Mónica pelo seu ensinamento na esperança que sirva a todos que ainda hoje o bajulam. Jorge Morais
 
                                       Publicada no DN-M de 24.11.2017    DESTAK 27.11.2017
 
                                                          Ilustração do leitor Paulo Pereira
 

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