Por uma questão de princípios, não tenho por hábito, responder a qualquer carta de outros leitores, nem sequer entrar em grandes polémicas em fazer quaisquer comentários menos próprios, respeitando sempre as opiniões de cada um. Contudo posso ter a minha opinião e publicamente opinar.
Gostei de ler a carta publicada no dia 18 de Novembro, no Diário de Notícias da Madeira, com o título bem sugestivo, que passo a citar, com o devido respeito para com a autora do, “Pecado de um padre”. Mais uma dor de cabeça para os altos responsáveis de toda a Igreja Católica.
Estou-me a referir, concretamente ao pároco, Senhor Padre Giselo Andrade, que dirigi, a Igreja de Nossa Senhora do Monte, cuja freguesia portuguesa do concelho do Funchal, com o mesmo nome, foi criada no ano de 1565, e que pelos piores motivos a 15 de Agosto deste ano, durante as festas em honra da sua padroeira, Nossa Senhora do Monte (que tenho o grande privilégio de a conhecer, como Continental, quando tenho oportunidade de ir de férias à linda pérola do Atlântico, a Ilha da Madeira), uma árvore de grande porte caiu sobre o Largo da Fonte, matando 13 pessoas e ferido cerca de 50, tendo este acidente ocorrido quando a procissão se preparava para sair.
Voltando, ao assunto da referida carta e acerca do tema, “Pecado de um padre”, não deixa contudo de não ser verdade, que o Senhor Padre Giselo Andrade, sabe que a Igreja Católica é pelo Celibato, e quando da sua ordenação para sacerdote, entre outros votos, ele sabia que estava este, o de ser celibatário. Mas...
Mas, acima de tudo, e, na minha opinião, fora da igreja, ele é um homem, como tal, a carne é fraca e a tentação ainda é maior.
No entanto louvo a atitude do Padre Giselo Andrade, que veio com grande dignidade e coragem e frontalidade, assumir publicamente, que era pai de uma menina. ..Então? “Quem nunca errou, atire a primeira pedra”.
Pergunto, pelo facto de ter faltado ao seu “juramento” quando da sua ordenação, será que a partir desta situação, ele será pior padre nas suas missões dentro da igreja e para com os seus paroquianos? Não acredito. Pois a Igreja é que deverá pensar seriamente, num futuro muito próximo, em mudar as “regras”, porque senão um dia deste, deixa de ter sacerdotes.
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 46463 do Diário de Notícias da Madeira de 20 de Novembro de 2017)
MÁRIO DA SILVA JESUS
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