Um grupo de laparotos, com a mania que são gente VIP, e DPT- Donos-do-Porto-Todo - em mais uma tentativa de vencer o complexo nortenho, que trazem colado sem ponta de tripa por onde se pegue, teimou, bateu com os pés, ameaçou amuar, espingardar, invadir a capital do reino, caso a candidatura da cidade do Porto, não fosse a única, a especial, a escolhida na corrida, em representação do país, para trazer para lá, uma Agência expulsa pelo Brexit e que procura alojamento. Há que Deus, Lisboa já tem mamutes que cheguem, que a excessiva centralização da fauna na capital é um erro, e que a distribuição da vitamina EMA, Agência Europeia do Medicamento, deve vir para a cidade Invicta, que é aquela que mais oferece em condições e razões, e até vinho espirituoso de cave, tem. Meia dúzia de patuscos -desta vez sem a participação de Chico Fininho e de Abrunhosa, que dão sempre o nome a estas confusões - apostaram em fazer a vida negra a Lisboa, que é a cidade mais, e a mais bela, capaz de se bater com congéneres mais além. Estes patuscos, são os tais que reivindicam, que o Porto é a cidade que está hoje na moda, a que dá conforto e qualidade a quem a visita, blá blá blá. Ora, sabemos que o Porto, nem casas que aloje estudantes tem, em número e em condições. E também sabemos, que tais laparotos, meia dúzia deles armados em finórios, querem tudo só para armar, e são os primeiros a não frequentar, ou só lá entrar raramente e em actos especiais, as instalações que na cidade se erguem e fixam. Perguntamos, a todos eles, quantas vezes visitaram a Casa da Música, o Museu Soares dos Reis, a Casa de Serralves, Centro Português de Fotografia, World Discoveries, Museu de História e Ciência, o Museu do Carro Eléctrico, etc, e outros muitos por ali e à volta, após o dia da inauguração, aonde às vezes comparecem? Perguntamos ainda, se multiplicarmos por três, o número de visitas que tais VIP´s fazem a esses espaços de Cultura, seriam visitas suficientes para os manter de portas abertas, sem recurso a apoios estatais? Estamos a falar de nomes conhecidos, como o Edil da cidade com escarpas e donos polémicos, e seus beneficiários, do presidente do Fêquêpê, por exemplo - que só deve conhecer o seu museu e o das Marionetas, e o e-mailista, F.J.Marques– e dos demais que fazem a lista em situações de ribalta que dê prestígio, e foto. Com a assumida arrogância e exigência ditada pelo complexo velho e muito tripeiro, e até caso psicanalítico, atrás da EMA, acabamos por obrigar até o Presidente da República, em hipócrita voo, de gaivota da Foz do Douro, a aderir à candidatura, após ter dito que ela se faria junto com Lisboa - das duas, a cidade com mais hipóteses. O que não veio a acontecer, pois esta perdeu para a do norte, o Porto apertado e escuro, e acabaram as duas deitadas ao lixo. Quem tudo quer tudo perde. A Agência Europeia do Medicamento, foi para onde teria de ir. Amesterdão. Agora vão surgir os discursos de consolação e justificação. Naturalmente!
*(hoje no DN.madª)
Gostei muito, como sempre, pois o texto têm só UVA e nenhuma PARRA.
ResponderEliminarUm forte e sincero abraço para o seu autor e para todos aqueles leiam 'Sede de medicamento'.