terça-feira, 28 de novembro de 2017

Prepotência criminosa


Nelson Monteiro é um homem de 33 anos, de raça negra, que foi despedido pela SONAE, e processado em tribunal, pelo roubo de milhares de euros, que eram supostamente deixados num cofre sem segurança, ao qual podiam aceder dezenas de pessoas.

O escritor e jornalista Rui Cardoso Martins, que assistiu ao final do julgamento, descreve no JN o que aquela empresa de grande distribuição fez ao empregado:
“Passaram três anos desde que o despediram da loja Continente no Colombo de maneira caluniosa, incompetente, num acto vergonhoso do princípio o fim”.

“Quero que o leitor conclua por si, mas este caso passou das marcas e é também por isso que é importante escrever o nome completo do acusado: Nelson Emanuel Mendes Monteiro, que sujaram e vão ter que o limpar”.

Pergunta a Juíza: -Quantas pessoas podiam aceder ao cofre?
-Umas quarenta – responde Nelson.
-Quem ia entregar o dinheiro à caixa central?
-Supostamente é a chefia.

“À vez, os dois responsáveis da casa tentam explicar a suposta culpa do Nelson no roubo de 3000 euros; mas entre 2011 e 2014, durante o turno da noite, desapareceram cerca de 16000 euros das contas.
Quando o motorista chegava  com dinheiro vivo depois do fecho da caixa, esse dinheiro ficava num cofre, só que o cofre era uma anedota; além do sistema de código avariado, tinha a própria chave na fechadura, aberto noite e dia numa sala por onde passavam cerca de 40 pessoas!

Entretanto soube-se que os dois chefes do Nelson, um homem e uma mulher, brancos, admitiram os desvios; mas, na sequência do despedimento, acusado de roubo e metido em tribunal, a mulher de Nelson deixou-o e levou as duas filhas do casal.

Despedido sumariamente daquela forma indigna, depois de dez anos na empresa, agora absolvido mas com a família desfeita, a advogada oficiosa nomeada para o defender diz que terá de voltar a pedir apoio judiciário para mover uma acção crime por calúnia, difamação e pedir uma indemnização...

Comentário meu: Até quando, neste mundo doente, um negro, em meio dominado por brancos sem escrúpulos, lhes poderá continuar a dar jeito como “bode expiatório” para as suas sujeiras...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Isto é duro de dizer, mas até a mulher, que o conhecia há muitos anos, não o quis ajudar. Colocar esta situação numa guerra entre brancos e negros é mais fácil que aprofundar toda a situação.

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