Prepotência criminosa
Nelson Monteiro é um homem de 33 anos, de raça negra, que
foi despedido pela SONAE, e processado em tribunal, pelo roubo de milhares de
euros, que eram supostamente deixados num cofre sem segurança, ao qual podiam
aceder dezenas de pessoas.
O escritor e jornalista Rui Cardoso Martins, que assistiu ao
final do julgamento, descreve no JN o que aquela empresa de grande distribuição
fez ao empregado:
“Passaram três anos desde que o despediram da loja
Continente no Colombo de maneira caluniosa, incompetente, num acto vergonhoso
do princípio o fim”.
“Quero que o leitor conclua por si, mas este caso passou das
marcas e é também por isso que é importante escrever o nome completo do
acusado: Nelson Emanuel Mendes Monteiro, que sujaram e vão ter que o limpar”.
Pergunta a Juíza: -Quantas pessoas podiam aceder ao cofre?
-Umas quarenta – responde Nelson.
-Quem ia entregar o dinheiro à caixa central?
-Supostamente é a chefia.
“À vez, os dois responsáveis da casa tentam explicar a
suposta culpa do Nelson no roubo de 3000 euros; mas entre 2011 e 2014, durante
o turno da noite, desapareceram cerca de 16000 euros das contas.
Quando o motorista chegava
com dinheiro vivo depois do fecho da caixa, esse dinheiro ficava num
cofre, só que o cofre era uma anedota; além do sistema de código avariado,
tinha a própria chave na fechadura, aberto noite e dia numa sala por onde
passavam cerca de 40 pessoas!
Entretanto soube-se que os dois chefes do Nelson, um homem e
uma mulher, brancos, admitiram os desvios; mas, na sequência do despedimento,
acusado de roubo e metido em tribunal, a mulher de Nelson deixou-o e levou as
duas filhas do casal.
Despedido sumariamente daquela forma indigna, depois de dez
anos na empresa, agora absolvido mas com a família desfeita, a advogada
oficiosa nomeada para o defender diz que terá de voltar a pedir apoio
judiciário para mover uma acção crime por calúnia, difamação e pedir uma
indemnização...
Comentário meu: Até quando, neste mundo doente, um negro, em
meio dominado por brancos sem escrúpulos, lhes poderá continuar a dar jeito
como “bode expiatório” para as suas sujeiras...
Amândio G. Martins
Isto é duro de dizer, mas até a mulher, que o conhecia há muitos anos, não o quis ajudar. Colocar esta situação numa guerra entre brancos e negros é mais fácil que aprofundar toda a situação.
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