Se eu escrever que, “é pior a emenda que o medicamento” não estou a ser muito original. Mas se eu disser que a geringonça, apresenta de dia para dia, umas falhas, desde a caixa das engrenagens até ao eixo de transmissão, a coisa fraseada já alerta e preocupa. É o que está acontecer com a máquina governamental, quase no seu todo. Ouve-se já o chiar das peças, retorcendo-se na confusão do desgaste. O lubrificador chefe, já não sabe aonde apontar o bico da almotolia. A chiadeira já se ouve de Lisboa até ao Porto, sem paragem no Entroncamento, que como todos sabemos, perdeu o exclusivo de ser, local de fenómenos. Logo a seguir ao resultado da eleição da EMA, em que saíram derrotadas as duas cidades lusas, uma mais promissora que a outra escolhida, candidatas a serem o luxuoso domicílio de tal operação, vem agora o Executivo, numa manobra para embalar as almas intestinas e tripeiras, adoçar-lhes o bico, prometendo-lhes por troca compensadora, instalar-lhes a sede do Infarmed, e com isso diminuir a frustração dos da Invicta, e devolver alguma felicidade ao edil, Rui Moreira, e outros regionalistas de ocasião oportunista, que no seu desassossego burguês, diz adorar ouvir o “ressabiamento estrebuchado” dos alfacinhas que a tal se opõem. Mas a promessa ao que tudo indica, não tem pernas para andar, e as varizes começam a surgir. Em Lisboa o pessoal que lá opera não está pelos ajustes, e reclamam, lembrando, que o Infarmed não é um código postal e quatro paredes, mas sim, pessoas”. E famílias estruturadas e com filhos estabilizados e em marcha cuidada, mas que não foram tomadas em conta. Porém o governo teima em afirmar, que o Porto, se tinha condições para receber a Agência Europeia do Medicamento-EMA- tem com certeza berço esterilizado para o Infarmed. E nesse arreganho e confuso impulso, quer provocar um dispêndio orçamental sem memória assente numa descentralizada atitude. A geringonça prefere inventar dificuldades, e rolar por terrenos minados em direcção ao abismo, do que ir por itinerários prudentes, que não façam ondas nem levantem pó na estabilidade social e nas finanças públicas. A teimosia, quase imposição para enganar freguês nortenho, pode sair-nos cara, e dispendiosa de tal jeito, que nos conduza a todos a mais uma derrota. Entre o vergonhoso e humilhante, e sem justificação aceitável, como a última acontecida, e que só terá lugar para estacionar, em infracção grave, nas próximas eleições!
Estou a ficar muito apreensivo com tanta estupidez em catadupa.
ResponderEliminarUm abraço para quem tão bem diz - escrevendo - o que de mal se vai passando.