Génios desaproveitados...

Diz-se que é importante para o país haver portugueses em lugares de relevo pelo mundo; penso que mau não será, embora me pareça que, se correr bem, será bom sobretudo para os protagonistas, o que é justo porque também lhes sairá do “coiro”.

Como é costume neste nosso Portugal, sempre que alguém é apontado para lugares de destaque, nunca faltam as reacções para todos os gostos e desgostos, mas em que sobressaem sempre o despeito e a maledicência, filhos da desgraçada inveja.

Mal começou a ser referida na Comunicação Social a hipótese do prof. Centeno para o lugar de responsabilidade a que agora acede por mérito próprio, não faltou neste espaço quem se apressasse a sentenciar que só podia ser uma brincadeira do 1º de abril, numa manifestação daquela doença que, dizem especialistas, afecta uma grande percentagem de portugueses “machos”, chamada “ejaculação precoce”.

Um espalhafatoso comentador político, pigmeu de Direita, de quem o eng. Belmiro disse um dia que não o queria nas suas empresas nem para porteiro, teve o desplante de dizer que aquilo não tinha jeito nenhum; era Centeno que andava a oferecer-se, deslumbrado!

De um desses génios que esbangem sabedoria cheguei a ver  macaqueado o nome Centeno por centeno, certamente achando-se muita graça, não lhe ocorrendo que isso de fazer humor é arte que requer alguma inteligência...

Mesmo depois de já ser bem evidente a nomeação do nosso ministro das Finanças, quis outro desses plumitivos fazer futurologia, numa espécie de praga que colocava o nosso candidato a milhas daquele que as pitonisas lhe terão dito que seria o ungido.

Outro génio das sentenças lapidares verberava o ministro das Finanças por estar a pagar adiantadamente parcelas da dívida; dizia o “sábio” que esse dinheiro deveria ser usado para aumentos cá da malta. Como a ignorância é atrevida, não lhe ocorre que quanto mais cedo nos virmos livres da monstruosa  dívida e dos seus volumosos encargos, mais possibilidades  terá o país para se desenvolver e com isso melhorar a vida de todos...

Amândio G. Martins