Às 2 horas da manhã
do dia 19 de Maio de 1910, a cauda luminosa do cometa Halley envolve a Terra.
Em Guimarães, berço da nacionalidade portuguesa, jornalistas do jornal
local Independente sobem a um dos pontos mais altos da cidade
e ali permanecem até para além das 3 horas da madrugada, para observar o
fenómeno. A edição de 21 de Maio daquele semanário relata que «durante todo
esse tempo a atmosfera esteve sempre empanada e sombria» não tendo sido
possível descortinar o feixe luminoso que, caminhando de Oriente para Ocidente,
deveria ter envolvido a Terra àquela hora, «nem ao menos se notaram no
horizonte os reflexos aurorais que decerto iluminariam a atmosfera». Não se
concretizou, assim, o «fim do mundo» que algumas mentes menos esclarecidas
preconizavam.
Volvidos 76 anos, o
cometa Halley voltaria a passar perto da Terra, a uma distância três vezes
superior à de 1910, não tendo sido possível observá-lo a olho nu. A próxima
passagem ocorrerá entre 2061 e 2062.
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