O "ípsilon", suplemento do PÚBLICO (25/5) trouxe uma capa e uma reportagem sobre Maria Judite de Carvalho, Justíssima. Não que eu seja perito e até só li dois livros dela: "Tanta gente Mariana" e "O homem no arame". Mas gostei muito e não me esquecerei jamais dum conto que escreveu no Diário de Lisboa, há anos "demais", era eu jovem estudante universitário. Falava duma mulher que que, criados os filhos , decide ser "ela mesma" e "ir à vida" ( que já não me lembro qual era), à sua vida, àquela que queria e sonhava. Impressionou-me vivamente e de tal maneira que aqui estou, passados cinquenta anos. O tema voltou a mim, já homem maduro, pela pena de Enrique Villa-Matas no seu romance "A viagem vertical". Contava ele duma outra mulher que, aquando das suas "bodas de ouro" decidiu dizer ao marido que queria ficar só. Este inicia então a tal "viagem" que passa pelo Porto, pelo mercado Ferreira Borges e termina na Madeira, com trajectos íntimos de diversa ordem. Enfim,recordações minhas, com uma Senhora em pano de fundo.
Fernando Cardoso Rodrigues
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