quarta-feira, 16 de maio de 2018

O FUTEBOL




“ A coisa mais importante das coisas menos importantes”. Era assim que devia ser considerado o futebol. Mas não é! Como modalidade desportiva interessante que é, por interesses vários, é-lhe atribuída uma importância exageradíssima. Começando pelos jornais desportivos que lhe dedicam parte de leão, atente-se, sobretudo, nas horas e horas de comentários, análises e palpites sobre a matéria , nas televisões e rádios em simultâneo. Sobretudo nos canais generalistas, que não deixam qualquer alternativa ao espetador.
Os interesses vários, são os vencimentos principescos que auferem muitos dos seus praticantes profissionais, treinadores e dirigentes, e o desejo de protagonismo por parte destes últimos. As audiências nos canais televisivos e estações de rádio. Até ao poder político e económico, ele interessa como fator de diversão e alienação de massas. Depois as paixões exacerbadas que desperta, fazem o resto. E o resto, pode ser muito mau como agora sucedeu com esta meia centena de energúmenos que, encapuçados, cobardemente, fizeram o que fizeram. E a comunicação social (CS), dando total cobertura ao assunto durante os próximos dias.
Dizer ainda que o comportamento de dirigentes desportivos, como no caso vertente, também pode contribuir, e muito, para exageros, cujas consequências poderão ser graves, ou mesmo muito graves.
Conclusão, o futebol pode e deve ser desfrutado, até com paixão! Porque não? Mas sem exageros que só beneficiam os tais interesses vários, não os dos seus milhões de adeptos. Exageros, a que a CS também deveria abster-se.
Francisco Ramalho
Corroios, 16 de Maio de 2018

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