1 – Há sempre uma primeira vez
Esta frase é vulgaríssima. Todo o mundo
assim sentencia. No entanto, há sempre uma primeira vez que jamais se repetirá.
Por exemplo: - nascer e morrer jamais se repetirão no mesmo ser.
2 – De gravidade extrema
O que se passou na academia do Sporting,
em Alcochete, foi de uma gravidade extrema, quando vândalos, em plena luz do
dia, semearam o pânico e ódio, agredindo e destruindo tudo que pela frente
encontraram.
A impunidade actual, de nem carne nem
peixe, está a provocar o caos social e a degradar o ambiente vivencial.
Finalmente, o mundo corrupto cada vez
mais estende a sua criminosa teia sem olhar a meios para levar avante os seus delinquentes
propósitos intimidatórios.
Continuamos a afirmar que, se fossem
presos todos os bandidos, Portugal seria mais ermo que o Pico dos Himalaias.
3 – Viagem sem regresso
Ontem assisti a um funeral de mais um ‘parceiro’
de família, restando-me, agora, somente as ‘parceiras’.
E, olhando para os que ficam, vejo que,
para mim, o mundo vivencial vai-se encurtando inexoravelmente. Companheiros de
escola, da vida militar, de trabalho, e outros, vão passando para a outra dimensão,
deixando-me mais só e abandonado.
Vendo o que já não vejo, o futuro está,
assim, ao dobrar da esquina do dia-a-dia, rumo ao infinito.
4 – Saindo do sufoco
Saindo do sufoco que a troica nos impôs,
mas urdido por ‘nossa’ própria culpa, a nossa Economia – dizem os sortudos –
vai de vento em popa.
Tudo se vende, tudo se compra, enquanto
os bancos já abriram escancaradamente os cofres a todo o tipo de agiotagem,
após terem sido aprovisionados por muitas centenas de milhões, provindas
daqueles que nunca deveram o mais ínfimo calote.
Entretanto, os LADRÕES DISTO TUDO
continuam a gozar na maior das liberdades e connosco também, pavoneando-se com
todos os milhões que nos roubaram e sem porem os costados no xadrez, porque
continuam a ter as costas quentes por uma Lei que tais patifes defende.
Por sua vez, o salário mínimo nacional é
que é considerado o ‘cancro’ da nossa ‘hiper’ Economia, que tal altíssimo montante
não aguenta, enquanto uns tantos salafrários ganham num só ano o que os seus escravos,
eufemismo de colaboradores, tal ganhariam em século e meio de árduo trabalho. Mas
que moralidade é esta?
E, já agora, caros leitores, o que dizer
sobre os preços dos combustíveis? São consumíveis mais caros que o preço do
ouro, quando na procedência o seu preço é igual ao da uva mijona, como sói
dizer-se.
De facto, para sermos portugueses
pagamos e não bufamos, até um dia!
José Amaral
Talvez por distracção saiu " ... escravos, eufemismos de colaboradores...".
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