quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

CONSEGUIREMOS EXERCER A AUTORIDAE DO ESTADO NAS RUAS DAS CIDADES?


A pretexto de um alegado uso desproporcional de força num bairro periférico de Lisboa, dezenas de carros de inocentes cidadãos cumpridores da lei têm sido incendiados e reduzidos a cinzas, num inacreditável e cobarde exercício de violência gratuita. Uma esquadra da polícia foi atacada com vários “coktails molotov”, como se estivéssemos na em guerrilha urbana! Se a força policial exagerou, existem tribunais e leis aliás mais diligentes a processar e prender agentes da autoridade do que os autores de vandalismos e crimes. Que eu saiba, houve mais feridos do lado dos agentes, que do lado dos locais que se envolveram atirando pedras aos primeiros. Neste País a jurisprudência dos tribunais está mais atenta aos direitos dos arguidos de crimes em geral, que à defesa dos direitos das vítimas, a maior parte das vezes cidadãos cumpridores e inocentes. Não vi nem ouvi o PM e o ministro da Administração Interna dizer uma só palavra de conforto aos agentes que diariamente arriscam as suas vidas em troco dum salário miserável. E recordo que das centenas de outros ministros destes 45 anos de “democracia”, poucos foram os que enalteceram e defenderam as forças policiais ou paramilitares. Pelo contrário, logo que há qualquer alegado excesso ou erro destas, em vez de esperarem o julgamento das Inspeções Superiores ou dos tribunais, lestamente ameaçam com procedimentos disciplinares e outras acções desprestigiantes para os agentes da Lei. A continuar assim, um dia a população dirá basta, e estará criado o clima para um qualquer líder demagogo e populista ser eleito pelo povo. E depois não venham clamar por “fascismos”, têm é que agora ouvir o povo e prestigiar os agentes da Lei.



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