quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Reino Unido (ou Inglaterra?) versus UE

O Brexit foi decidido pelo Reino Unido (RU) mas os votos parcelares da Escócia e Irlanda do Norte, no referendo, foram em sentido contrário ao resultado final. Foram dois contra dois mas a soma da Inglaterra e País de Gales ditou o destino do resultado final. Eles lá saberão da sua organização política administrativa. Quanto a mim, direi como o "outro": percebo mas não entendo. E deixo de lado ( embora não seja nada despiciendo) o facto de ter sido por razões políticas internas (mesquinhas?) que o referendo foi alvitrado por David Cameron....
Muitos meses depois de negociações aturadas, um acordo foi conseguido entre Teresa May (devia dizer-se governo, mas este esfarelou-se...), primeira ministra inglesa e a União Europeia (UE), mas "tudo o vento levou" com a esmagadora votação no "no deal" no Parlamento inglês. Dirão os parlamentares que foi.... "no this deal", mas entendemos nós todos que o que eles querem é mais.... um "queremos tudo o que nos convem e nada do que assim não é". Tipicamente inglês. Mercado livre na UE? Sim! Livre circulação de pessoas? Não! Para além do resto, ficando sempre com a parte de leão....
No meio disto tudo, ressalta pela positiva a estatura ético/democrática de Teresa May e a (até agora) firmeza política ( e ética para com os europeus) da UE! A primeira respeitando o voto do povo, embora tivesse sido contrário á sua posição pessoal. A segunda porque se portou muito bem ao defender a posição de muitos países (todos, neste caso) que nela estão agregados, com toda a legitimidade política e legal. Ou um ( ou dois? ou RU?) tem mais valor decisório que uma organização que agrega 27 ( quase...)?

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Cameron não queria saír; no referendo, ele dava satisfação aos partidários da saída, mas estava concencido que os ingleses votariam contra, assim como muitos dos que não foram votar, que quando acordaram e viram os resultados não pararam de se lamentar até hoje...

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