quarta-feira, 16 de janeiro de 2019


Da responsabilidade do cidadão...


Sempre que acontecem acidentes, graves ou menos graves, é difícil que os meios de socorro pedidos cheguem ali num instante, a menos que o acontecimento seja perto do local onde têm a base; todavia, para quem espera, cada minuto  é uma eternidade, não sendo raro acontecerem agressões aos socorristas, actos verdadeiramente inqualificáveis.


Aconteceu há dias em Espanha uma desgraça perfeitamente evitável, mas agora que aconteceu, os familiares da criança que caíu num buraco de profundidade descomunal, destapado por negligência  do dono da propriedade e parente dos pais do miudo, não param de reclamar, que os socorristas estão a demorar muito nas tentativas de o encontrar.

E não há falta de meios, como disse um primo do pai, pois até do Chile veio aquela equipa que salvou em tempos uns mineiros por cuja vida já muitos temiam; e há maquinaria de perfuração do solo, engenheiros e geólogos que estudavam uma forma de poder encontrar a criança com vida ou o que restar dela.

Entretanto, foi dito que aquele furo é clandestino, não tendo sido autorizado por quem superintende nas questões de intervenção no subsolo e terá uma profundidade de 150 metros, calculando-se que a vítima esteja encravada algures ao longo do seu curso – já que o diâmetro é muito estreito -  talvez a 100 metros; e fácil é imaginar quão complicado será acertar num caminho que leve os socorristas à criança, mas para aqueles que não cumpriram as suas obrigações de prevenção, são agora os socorristas os “culpados” de não trazerem cá para fora o menino em tempo útil...


Amândio G. Martins



2 comentários:

  1. Percebendo a angústia dos pais, tem sido imensas vezes assim: a culpa está sempre e só no "outro"....

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  2. E agora dizem que a criança, de apenas dois anos, foi quem removeu as pedras que tapavam o buraco, quando brincava em cima delas; como se fosse crível que o pudesse fazer, se realmente estivesse devidamente tapado com um pedregulho a sério...

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