O Estado, por omissão e demissão, promove a ignorância. Assim, o dever e
direito de cidadania ficam limitados. Coartados, até.
Aproximam-se actos eleitorais e a classe política, num frenesim, apela ao
voto em massa. Durante os mandatos no Parlamento, nenhum deputado
teve relação alguma no nosso concelho, nas três últimas legislaturas, para
não ir mais longe. Afigura-se-nos que assim é no resto do país. Se assumissem
um modelo de profissionalismo na sua actividade, a política tinha mais dignidade
aos nossos olhos! Seria também uma forma de afastar populismos indesejáveis.
Há muito que o caciquismo e o clientelismo está a derrotar a meritocracia. Não
venham depois chorar lágrimas de crocodilo pela elevada abstenção.
Enquanto a AR estiver capturada por interesses particulares e pelos negócios - o
nosso afastamento na participação política aumenta. Os deputados advogados
que se servem das suas posições para legislar a favor dos seus escritórios, topo
de gama, continuam… Estes figurões fazem a ponte entre o poder político e o poder
económico, com competente mediação.
Servir a causa pública é das mais nobres actividades para a elevação e progresso
da sociedade. Servir mesmo, desinteressadamente!
Vítor Colaço Santos
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