Subir na vida a pulso...
...É conversa que se ouve com frequência a sujeitos muito
ricos, que se gabam de ter criado a sua fortuna à custa de muito trabalho e
sacrifícios de toda a ordem, a partir do nada; e uma vez ouvi contar a um deles
uma dessas histórias “para boi dormir”: “O começo da minha vida foi muito difícil,
de emprego em emprego, mal pago, despedido só por pedir ao patrão mais dinheiro;
até que um dia, à procura de mais um emprego, encontrei na rua uma maçã que me
apeteceu comer, tanta fome tinha”.
“Mas ponderei melhor, decidi vender aquela maçã e com o
dinheiro dela comprei duas, que também vendi e com o dinheiro feito comprei
quatro; quando já ia na oitava maçã, soube da morte de um tio muito rico, sendo
eu o único herdeiro; e assim fui prosperando cada vez mais até ao que sou hoje,
mas nunca esquecendo que parti do nada e subi a pulso, coisa que está ao
alcance de qualquer um que queira trabalhar”.
Uma história parecida é contada numa nova biografia de
Calouste Gulbenkian, da autoria de Jonathan Conlin, que o JN entrevistou. Diz
este biógrafo do “senhor cinco por cento” que não passa de mito o que sempre se
disse do multimilionário, que também teria subido a pulso na vida. Nascido na
antiga Constantinopla, era o mais velho de três irmãos; e, à morte do pai,
recebeu de herança os seus negócios, na altura com um valor equivalente a 80
milhões de libras, fortuna que ele teve o mérito de ampliar com outros negócios,
nomeadamente na área dos petróleos...
Amândio G. Martins
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