Com
os votos a favor do PS,PSD, CDS e do PCP, a Assembleia da República
lamentou a morte do cavaleiro tauromáquico Joaquim Bastinhas,
guardou um minuto de silêncio e aprovou um voto de pesar. O PAN
votou contra, e o BE e o PEV, abstiveram-se.
Compreenderíamos
este gesto se ele se cingisse apenas em relação à pessoa em si.
Mas já não compreendemos a discriminação, uma vez que a AR não
procede de igualmente modo relativamente à morte de tantos outros
compatriotas. Portanto, o que todos aqueles representantes do povo
enalteceram, foi a actividade pela qual Joaquim Bastinhas se
distinguiu. Actividade essa que, para alguns, é arte, mas para
tantos outros, não passa de um espectáculo cruel,bárbaro e
primário. Portanto, a anos luz de ser consensual. E ainda menos
compreendemos, mesmo sendo a tauromaquia considerada arte, porque não
foram distinguidos tantos outros artistas, estes, sim, consensuais,
como, só para citar apenas alguns dos que recentemente nos
deixaram; a fadista Celeste Rodrigues e a cantora Madalena Iglésias,
as actrizes Guida Maria e Maria Eugénia, o actor Paulo Guerreiro, o
pintor Júlio Pomar e outros ilustres compatriotas como Batista
Bastos, Manuel António Pina, Carlos Veiga Pereira, Catalina Pestana.
Francisco
Ramalho
Corroios,
7 de Janeiro de 2019
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.