sábado, 19 de janeiro de 2019

CRISTINA MADEIRA




Até hoje, o nome Cristina Madeira, nada me dizia. A mim e, com certeza, à grande maioria dos portugueses. Estranhamente, lamentavelmente, porque se trata de uma grande fadista. Uma grande intérprete. Coisas deste também estranho país! Hoje, por acaso, tive oportunidade de a ver, ouvir e entusiasticamente aplaudir. Eu, e quem lotava por completo o auditório da FNAC-Chiado.
Fiquei espantado quando a começo a ouvir e disse para um amigo que lá encontrei “É pá! Mas quem é esta mulher? Sabes?” Nada! O meu amigo também não sabia. Assim que terminou o ensaio, fui ter com ela, manifestei-lhe o meu agrado e surpresa, e fui-lhe sincero, dizendo que nem o seu nome sabia. No final, depois do aplauso geral de pé, falei mais um pouco com ela e disse-lhe que o problema não era eu não a conhecer como artista, o problema, é o porquê, de eu ,e tanta gente, não a conhecer-mos. Apontou-me para os ombros e disse que não os tinha. Galões, suponho.
Aqui fica a minha sugestão: quem tiver oportunidade que a veja e ouça e vai ver se ela tem autoridade ou não, para puxar por eles. E a quem manda nas estações de rádio e televisão, ficam as perguntas: também não a conhecem? Porquê?
Francisco Ramalho
Corroios, 19 de Janeiro de 2019

PS- Evidentemente que Cristina Madeira não cantou à capela! Foi acompanhada por 3 excelentes músicos: guitarra portuguesa; Pedro Ricardo Marques, viola clássica, Lelo Nogueira (Acompanhante da grande Amália durante 12 anos) e no baixo, António Queiroz.
Aqui fica a reparação e o merecimento devidos.


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