segunda-feira, 7 de janeiro de 2019


PÚBLICO 07.01.2019 (AKM)



Bolsonaro

Será avisado os brasileiros não terem ilusões quanto ao que irão ter pela frente com o seu Presidente.

Novamente — e tal como na Alemanha dos anos 1930 —, chegou-se ao poder pelo voto, ainda em democracia, mas, depois, vão surgindo laivos de autoritarismo que a subvertem, ou, pelo menos, tentativas de o fazer.

E os exemplos repetem-se um pouco por todo o lado, com mais ou menos “batota”, com mais ou menos recurso à manipulação pelas redes sociais.

 Já temos Orbán, Erdogan, Salvini, Putin, Maduro, Trump e agora também Bolsonaro.

Na tomada de posse deste último, até os mais distraídos puderam perceber o seu plano político que foi bem frisado.

Uma “misturada” propositada entre família, presidente e Deus.

Uma exclusão clara dos que não farão parte do futuro do Brasil: todos o que não sejam direita, ou que defendam qualquer outra ideologia “socialista”.

Tal como Trump, que tanto elogiou o discurso de Bolsonaro, vamos ter maus ventos da América do Sul a conjugarem-se com os que já sopram em força na América do Norte.

Se acharmos que todos estes acontecimentos são “normais” devemos também perceber que estará próximo o fim das democracias liberais, pelo menos tal como as conhecíamos na segunda metade do século XX.



Augusto Küttner de Magalhães,

Porto

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