quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Em defesa da fuga em frente


- Uma das formas de apoiarmos o crime e quem o comete, é juntarmos-nos a ele, branqueando-o, distorcendo-o, ou recorrendo a nomes com casos idênticos, como que a dizer-nos que é uma prática corrente a prevaricação que leva a tribunal e a julgamento o faltoso no caso em questão. Assim fazem alguns jornais, que para esvaziarem de importância e guardarem as costas do incriminado, colocam em pé de página, outros envolvidos em coisa semelhante, para que os leitores e curiosos mal informados, possam juntar ao coro, as suas vozes, propalando aos ventos - "estão a ver, não é só ele que entra a prestar contas ao fisco e à justiça". Dizem os especialistas em saúde que rir faz bem, e por isso é que entramos a sorrir e a rir num tribunal, mesmo que saibamos que a conta vai-nos sair cara, e com nervoso miudinho disfarçado. Mas é uma forma de transmitir ao povo que espreita, que somos os maiores da cantadeira, e podemos gozar à fartazana até com a Autoridade. A aumentar a este privilégio gabam-se - "tenho medalhas e condecorações que defendem o peito, que exibo com garbo por feitos que nem um general". Os média, entram na equipa, e em pé de página recuperam  nomes de famosos do ofício e do calvário dourado, para banalizarem de importância o feito acontecido e transformarem tais casos em actos normais, e assim se tornam cúmplices de crime, julgando-se seguros, mas só até "ruírem como altos muros". Que é serem votados ao abandono, ridículo, desaparecimento das bancas, como já vai acontecendo!

                                     

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