sexta-feira, 1 de março de 2019

A AMIZADE E A INVEJA

Mesmo nos momentos de divertimento, convívio, nas festas, há jogos de poder. Há sempre alguém que procura afirmar-se, evidenciar-se. As pessoas reúnem-se em grupinhos para falar dos outros e formam-se hierarquias. Esses grupos constituem coligações para combater os adversários e para derrubar os concorrentes, nas palavras de Francesco Alberoni. A maledicência serve para agredir colectivamente o ausente, para o colocar fora de jogo.
A vida quotidiana é dominada pela mesquinhez e pela inveja. A amizade interrompe e transcende a vida quotidiana. O grupo fechado tenta impor à amizade as suas regras. A maledicência, os deveres, a tagarelice, a competição, o mercado, o dinheiro, a conta. No entanto, a amizade é liberdade, é amor, é reciprocidade, é transparência. Sem ela não há vida autêntica.

2 comentários:

  1. Onde vai o A. Pedro buscar esse "ser humano puro"? A uma utopia? Ao contrário de si, eu não credito em nenhuma. Acredito sim que a totipotência se pode ir decantando através do filtro da racionalidade livre em que as emoções participam como parte importante que integra esse devir.

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