Já estão a circular informações sobre a grande revolução que a partir de Abril irá melhorar a mobilidade dos cidadãos e os novos preços dos passes que se irão refletir nas contas dos portugueses nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Há quem diga que agora, depois de ponderados os custos dos transportes familiares haverá possibilidade de oferecer um passe aos avós para que eles também possam sair de casa com mais frequência.
Na data que estou a escrever esta noticia, ainda não vi as regras nem os detalhes dos preços mas estou muito esperançada que realmente traga benefícios a todos que precisam de se deslocar tanto quanto aos preços como pela largueza das áreas abrangidas.
Claro que, apesar destas mudanças, continuará a haver muitas terras sem transportes nestas áreas e também não ouvi nada sobre os horários que assegurem a mobilidade principalmente o que se chama “fora de horas” para quem trabalha em turnos noturnos ou madrugadas.
O que parece certo é que outras áreas – como os Municípios do Oeste – já estão a fazer levantamentos das características dos territórios para acompanharem estas mexidas e também encontrarem meios de disponibilizarem melhores preços para os bilhetes-passes dos seus transportes locais e alargamento às áreas vizinhas.
Existem outros problemas que têm urgentemente de ser resolvidos quanto à mobilidade dos cidadãos. Refiro em especial o material circulante – comboios – que em alguns casos está envelhecido, não tem tido a manutenção adequada – como a linha do Estoril – que causa insegurança, atrasos e o desconforto de percursos longos de pé pelo número de carruagens ser inferior ao necessário.
E a seguir a esta melhoria dos preços dos passes, temos de pugnar por
horários, pelo seu rigoroso cumprimento pois em muitas zonas há com frequência tempos de espera longos não dando possibilidade de estruturarmos com segurança os nossos tempos de deslocação em transportes públicos.
Felizmente já há associações de moradores que pretendem intervir e estão a reunir elementos para apresentarem às entidades locais como, por exemplo, a disponibilidade de parqueamentos junto de estações ou nos inícios de carreiras de autocarros. É necessário, entretanto, irmos reunindo as “faltas” e tentar dar força à entidade que conseguiu fazer-se ouvir junto do Governo para que se encontre forma de melhorar os transportes no nosso País e se possa realmente diminuir o uso diário do transporte individual e assim contribuirmos de uma forma positiva para a regeneração do nosso planeta Terra.
Maria Clotilde Moreira
Jornal Costa do Sol - 13.03.2019
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