A Venezuela é a
última vitima do imenso rol de intervenções criminosas dos EUA um
pouco por todo mundo, para depor governos e substitui-los por outros
com vista à imposição da sua hegemonia. Do seu império. Para
isso, não olham a meios nem a métodos. Desde a mentira ao crime
puro e duro.
Depois da campanha
mediática global dos camiões queimados com “ajuda humanitária
pelas hordas de Maduro”, eis que é mesmo o insuspeito “The New
York Times” a desmentir a cabala. Afinal, um vídeo da investigação
promovida pelo destacadíssimo jornal nova iorquino, prova que foi a
rapaziada apoiante do intrépido Guaidó, também conhecido como a
marioneta ou homem dos americanos, a incendiar com coquetéis molotov
a tão generosa oferta.
Em relação à
sabotagem, ao ataque cibernético, contra o sistema automatizado de
controlo da central hidroeléctrica de El Guri(a maior da América
Latina e a quarta maior do mundo) que deixou sem energia eléctrica
cerca de 80% do território venezuelano e que afetou gravemente o
sector dos transportes, o abastecimento de água, a segurança, os
hospitais e a economia de uma maneira geral , passados 3 minutos da
sabotagem, o senador norte-americano Marco Rubio anunciou no Twitter
que o sistema de controlo automatizado de apoio da central
hidroeléctrica de El Guri tinha falhado. No mesmo dia e na mesma rede
social, Guaidó afirmou: “Para a Venezuela é claro que a luz chega
com o fim da usurpação de Nicolás Maduro”. E o secretário de
Estado dos EUA, Mike Pompeo, ainda no Twitter, rematou, “Não há
comida, não há medicamentos, não há luz, a seguir não haverá
Maduro”.
Portanto, se dúvidas
houvesse em relação aos autores dos crimes referidos, só quem for
absolutamente ingénuo ou mal informado, as continuará a ter.
Lamentável também,
aliás, mesmo trágico, é que a social-democracia ( para não falar
já na democracia-cristã e na extrema direita) apoie todas estas
violações grosseiras do Direito Internacional. Todo este terrorismo
de estado. Aliás, já aqui o escrevi; o grande drama dos nossos
dias, a par do efeito das alterações climáticas, é a subordinação
da social-democracia ao capitalismo e ao imperialismo
norte-americano. Gerando assim, a desilusão de largas massas e o
aparecimento de demagogos, populistas e fascistas.
Francisco Ramalho
Publicado hoje no jornal "O Setubalense"
tudo verdade, meu amigo.
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