Haverá muito boa gente que possa pensar que a corrupção no Brasil entrará, mais ano, menos ano, no caminho da extinção. Não estou muito seguro disso, e nem será a prisão (preventiva) de Temer que me vai persuadir de que o combate à corrupção, em era de Bolsonaro, é para valer.
Já se sabia que Michel Temer, presidente do Brasil até há menos de três meses, era indiciado em variadíssimos casos de justiça que só não lhe causaram mossa porque ele manejou com maestria a inimputabilidade conferida por um cargo que, não menos ardilosamente, averbou na “secretaria” dos juízes brasileiros, por quem, aliás, pelas amostras visíveis e conhecidas, não nutro particular respeito. Temer era o vice de Dilma Roussef, não por questões de identidade partidária ou mesmo ideológica, mas graças às incríveis e mirabolantes alianças que os partidos brasileiros têm de fazer para dar alguma governabilidade ao país. Ela, chefe do PT de Lula, e ele, chefe do MDB, não propriamente fiel à herança do MDB de antigamente, dos anos 70, foram “forçados” à coligação para coabitarem no “Planalto”.
Bolsonaro e as suas hostes devem estar a esfregar as mãos de contentes por “demonstrarem” sine qua non que o regime que querem impor é “limpinho”. A mim, não me convenceram, e estou convicto de que é uma questão de esperar algum tempo para comprovar que a corrupção brasileira vai medrar.
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