Campanha eleitoral animada...

Com a última sondagem a “negar” à direita espanhola a possibilidade de repetir a nível nacional a “gracinha” ensaiada em Andaluzia, onde PP e Cs se viram forçados a fazer cedências ao VOX para poderem desalojar Susana Dias, do PSOE, o líder do PP, Pablo Casado,  vem recorrendo a uma linguagem extremamente violenta contra Pedro Sànchez, servindo-se da mesma terminologia de Abascal, da ultra-direita, táctica que o veterano Garcia-Margallo, ministro dos Estrangeiros no governo de Rajoy, reprova totalmente, duvidando que isso faça tirar votos ao VOX, porque aquele tipo de eleitor prefere o original à cópia que Casado vem protagonizando.

Numa entrevista dada na Moncloa ao excelente programa “Al Rojo Vivo”, de António Garcia Ferreras, Sànchez também responde a isso, dizendo que as direitas competem entre si para ver qual profere “la barbaridad más grande”

E é divertido ver que Aznar, apoiante incondicional de Casado, que começou por dizer de Abascal que “es un chico lleno de calidades”, perante os ataques deste ao seu antigo partido, a que chama “derechita cobarde”, reagiu zangado a tal qualificativo e, participando num comício, fez cara de mau e dirigiu-se  Abascal desta forma:

“A mi, mirando-me la cara, nadie me habla “derechita cobarde”, porque não me aguanta la mirada”!

Esta frase passou em vários noticiários e foi comentada em vários tons, com as televisões sempre muito interessadas nas tiradas do antigo primeiro-ministro, que aparece em todo lado e a pretexto de tudo, para apoiar o actual líder do partido...

Amândio G. Martins