segunda-feira, 22 de abril de 2019

Coração de pedra

Confesso. Roubei o título a Patrícia Carvalho (PC), que com ele encimava a sua crónica no PÚBLICO de ontem. Porque gosto dele e não encontrei outro melhor, que tansmitisse a nebulosa significativa que ele esconde. Até no que a jornalista diz, aproximando-se embora do que eu quero dizer. Ela utiliza-o em sentido literal, embora simbolicamente, para designar o que ardeu: Notre Dame. A mim serve-me de mote para "dirimir" conceitos opinativos.
Vem isto a propósito dos diversos pensamentos que nos assaltam quanto à reconstrução da catedral, oscilando entre o apoio espontâneo e o cotejar com acções de (não) dádiva financeira em catástrofes humanitárias em que há gente a sofrer. Até ( ou talvez por isso!) em família a discussão atravessou a nossa Páscoa.  Entre o apoio de coração e apoio ao "coração de pedra" de PC.... não escolho nehum! Ambos podem e devem existir, No imediato, obviamente que gente é gente, mas não devemos esquecer o artístico simbólico, que nos recorda história comum e nos enraíza no tempo pretérito e nos cria caminho para o futuro. Muito sucintamente, é isto que me apraz dizer.

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Concordo que são valores que deveriam co-existir, e não faz sentido comparar!
    Os nossos antepassados deixaram muitas marcas e símbolos que urge preservar! Fazem parte da nossa identidade colectiva !

    Também há que ressalvar que nestes tempos de imediatismo, é muito fácil fazer notícias com este tipo de comparações, não significando necessariamente que o contributo monetário para as situações humanitárias não seja de montante semelhante... mas nesses casos é muito mais fácil a “ dispersão “ e nem sempre a ajuda chega onde deve chegar...
    Para além disso, o investimento monetário isolado não chega! É necessário capital humano, e é para os corajosos e generosos que se lançam nesse desafio que vai a minha admiração e respeito profundos !

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