O
estudo amplamente divulgado a dias do 25 de Abril, conclui, grosso
modo, que é preciso baixar ainda mais as pensões de reforma,
aumentar a idade da mesma para os 69 anos, e privatizar parte da
Segurança Social. Parte… para já! Acrescentamos nós.
Isto,
num país com milhares de jovens a emigrar, muito mais outros,
obrigados a aceitar empregos precários e miseravelmente remunerados
ou desempregados na bicha para os conseguir. Isto, num país onde nas
grandes empresas os gestores chegam a ganhar 52 vezes mais que a
média dos restantes trabalhadores e sobre os lucros de muitos
milhões das mesmas, sem qualquer tecto. Isto, num país e num mundo,
onde o fosso entre ricos e pobres não pára de crescer. E dizem os
autores do estudo referido, que não há alternativas. E que se estas
não forem implementadas, o sistema estoira. Na sua óptica, com
certeza, lá iremos então todos estender a mão aos gestores e a
quem ordenou este estudo; os seus patrões.
Evidentemente
que há alternativa! Mas os tais gestores e patrões não só fogem
dela como o diabo da cruz, como a combatem. Com este estudo, é isso
mesmo que estão a fazer . Mesmo junto da data que diz tanto aos
trabalhadores e ao povo, o 25 de Abril,ameaçando e amedrontando.
A
alternativa segura e definitiva, é nem mais nem mais menos que
acabar com este sistema, o capitalismo. Que, como aí temos mais uma
prova, está cada vez mais explorador e predador. Aliás, como é a
sua natureza.
Como
sempre, está nas mãos do povo. Mais tarde ou mais cedo, há-de
consegui-lo. Mas,claro, não será com os partidos da direita nem com
o PS. Este, apenas lhe dá dentadinhas nos calcanhares. Mas, a ele,
ao capitalismo, se submete.
Há
outros partidos ( e se não houvesse, que se criassem!).
Nomeadamente, aquele que desde a sua fundação afrontou o fascismo e
se bate pela referida alternativa. Depois, se não quiserem
chamar-lhe socialismo ou comunismo, chamem-lhe o que quiserem! Este
sistema, o capitalismo, é que tem de ser substituído! Como o
feudalismo substituiu o esclavagismo e este foi desalojado pelo
capitalismo. É a marcha natural e dialética da humanidade! Mas
sempre impulsionada pelo motor da história: a luta de classes. Agora
também não será diferente.
Batamo-nos
por isso!
Que
outro caminho nos aponta a dignidade?
Francisco
Ramalho
Corroios,
14 de Abril de 2019
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