domingo, 30 de junho de 2019


À sombra da estátua da liberdade...


...Cometem-se todo o tipo de atrocidades “legais”, num país cujos dirigentes mais retrógados se arrogam o direito de dar lições de liberdade e democracia aos que não se regem pelos seus “ditames” e têm da liberdade um conceito bem diferente.

Marshae Jones é uma jovem negra, de 27 anos, e tem a desdita de viver numa das zonas mais racistas e sectárias do mundo, que é o Estado do Alabama, nos Estados Unidos da América. Esta rapariga, que estava grávida de cinco meses, pegou-se com outra mulher que, segundo a notícia do JN, “resolveu” a discussão com cinco tiros na barriga da grávida, em consequência do que perdeu o bebé.

 Seis meses depois da contenda, num julgamento feito por um júri, a criminosa que disparou a arma e matou o feto na barriga da mãe foi em paz, e a vítima, duplamente vítima, foi condenada pela morte do bebé, com o argumento de que tinha sido ela quem começou a discussão; e é tal a perversidade desta sentença que, por um lado, devem ter ficado felizes por virem a ter na comunidade menos um negro, mas aproveitando a lei que proibe o aborto, condenam a mãe atribuindo-lhe a culpa de ter perdido a criança!...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. "O" problema não é existirem "burgessos", mas sim destes terem chegado ao(s) poder(es)... com o apoio dos "burgessos comuns" e dos que lhes convem este estado de coisas.

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