quinta-feira, 27 de junho de 2019


Rio Bravo...


Este não é um filme para divertir, mas parece haver cada vez mais quem encontre graça na desgraça de milhões de famintos que procuram fazer valer o seu direito ao trabalho, para poder ter acesso a um prato de comida para a família, enfrentando todo o tipo de dificuldades à procura desse lugar que lhes permita ser gente com direitos de gente.

Valéria ainda nem tinha dois anos e morreu afogada, abraçada ao pai, quando atravessavam o mítico rio, a caminho dos Estados Unidos, onde sabem que, para gente de condição simples, como são tantos deles, não falta quem lhes ofereça tarefas que os de lá rejeitam, porque não querem que os sustentem a troco de nada; só que há cada vez mais mandões que querem, porque querem, assegurar um mundo à sua maneira, em compartimentos estanques!...

E para o brutamontes que manda no país que procuram, que presume chefiar uma nação de puras almas, aquela gente é escória do pior, que faz tudo para lá entrar, não à procura de trabalho digno, mas para se fazer às ajudas do Estado, matar e roubar...


Amândio G. Martins

4 comentários:

  1. Aquela fotografia, sem rostos, tem muitas leituras dentro...

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  2. Um ser humano que arrisca assim a sua vida e a dos seus só pode estar em “ fim de linha” , no limite do desespero !

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  3. Aquela fotografia, Dr. Fernando, tem rostos e nomes já perfeitamente identificados, tal como a família de onde partiram...

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    Respostas
    1. Provavelmente não me fiz entender. As "leituras" são quase todas "pornográficas", ao contrário da identificação das vítimas.

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