A notícia do dia é o que disse Ramalho Eanes numa palestra proferida numa associação qualquer. Este homem faz-me muita confusão. Reconhecendo-lhe um papel fundamental no "25 de Novembro", tem no seu curriculum, após isso, um acto que o marca indelevelmente pela negativa: a formação dum partido político a partir da Presidência da República, que desempenhou. E fez isso na base dum pretenso comportamento ético que ele apresentava como paradigmático. Ora ainda não está tudo dito sobre a sua pertença à Opus Dei, havendo suspeitas bem fortes que isso seja um facto, pelo menos o seu serôdio doutoramento na Universidade de Navarra, que todos sabemos a quem pertence e para que serve: a formação de quadros daquela "organização secreta" que exerce o poder nas catacumbas do dito e cujos membros de cumprimentam com "afagos de mão" em tudo similares aos da "concorrente" Maçonaria.
Hoje vem dizer que "há uma epidemia de corrupção" e que " os políticos são mais delegados dos partidos que representantes dos eleitores", entre outras coisas. Como se pode contrariar isto, quando todos o sentimos em maior ou menor grau e.... emprestando-lhe intenções diversas? Aqui entre a boca de quem profere as palavras. Ou seja: a sua história pessoal. E a de Ramalho Eanes não me sossega, pelas razões atrás aduzidas. A "etica pessoal" e, ainda, a "ética grupal" que quer trazer consigo e que também era a do Jardim do BCP e da esposa deste oráculo que agora fala dos "nosssos males", não me convence, vinda de quem vem.
Fernando Cardoso Rodrigues
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