quinta-feira, 20 de junho de 2019

Ruben de Carvalho

A minha admiração por Ruben de Carvalho é imensa. Já o afirmei na Carta que o Expresso me deu oportunidade de publicar em Maio de 2016, sem ter esquecido a valorização que os diálogos com Jaime Nogueira Pinto conferiam à sabedoria desvendada. Aliás, mutatis mutandis, o mesmo poderei dizer deste último.
A perda da sua presença não se fará sentir só nas emissões de domingo da Antena 1, nos “Radicais Livres”, ou nas “Crónicas da Idade Mídia”, ao final das segundas-feiras, na mesma estação. Talvez estas oportunidades fossem as delícias “menores” de quem se comprazia com a exibição de tanto conhecimento acumulado, exposto, contudo, sem exaltações de qualquer arrogância intelectual. Das delícias “maiores”, que, sem dúvida, existem, poderão falar muitos outros.
A morte não é sempre “estúpida”, mas, neste caso, foi. Sem se saber ainda com segurança o que teria estado na origem deste desfecho, inesperado e brutal, a perplexidade invade-nos. Provavelmente um acidente, que não deveria ter passado de um pequeno susto, tornou-se, em ambiente hospitalar, um instrumento de consequências irreparáveis. É claro que todos sabemos que “para morrer, basta estar vivo”, mas ver partir assim alguém de forma tão “gratuita”, nos dias que correm, custa muito.

1 comentário:

  1. Achei "piada" a uma frase de Jaime Nogueira Pinto que dizia que apreciava Rúben Carvalho porque "tinha a coragem que faltava a muitos, até dos seus chegados que... nunca se chegavam à frente...".

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