Quando António Costa perdeu as eleições há 3 anos e
meio e pela primeira vez na história do PS, para conquistar o poder conseguiu
um acordo para governar com o PCP e BE, confesso que não esperava durasse tanto
tempo. Por isso é ainda mais chocante a deslealdade sem pudor de Carlos César,
o Presidente e líder parlamentar daquele partido, em criticar de forma
agressiva e descortês o BE na pré-campanha eleitoral de Outubro. Mas ainda mais
quando afirmou "se fôssemos atrás do BE voltávamos à bancarrota". É
preciso muita falta de vergonha na cara, para em vésperas de eleições virem
reivindicar um estatuto de defensores de boas finanças públicas, quando foi
precisamente um governo PS, com Costa em número dois de José Sócrates, que
levou o País à bancarrota e obrigou a um resgate financeiro que custou ao
governo de Passos Coelho a desejada maioria absoluta. É também precisa muita
falta de vergonha para o ministro Centeno e o próprio PM terem em toda a sua
governação referido as suas boas "perfomances" comparando com os
resultados (necessariamente piores) ocorridos no período do resgate. Em
qualquer outro país evoluído e educado do primeiro mundo, os governantes nem
sequer teriam tido o despudor de argumentar desta maneira. Seriam logo
desqualificados nas urnas. Mas aqui, infelizmente, mesmo depois de 45 anos de
"democracia", o povo parece gostar de continuar a ser manipulado por
políticos sem ética nem princípios morais.
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