“
É praticamente certo que vocês combaterão pela América nalgum
momento das vossas vidas. Isso vai acontecer. Alguns de vós
combaterão contra terroristas islâmicos radicais no Afeganistão e
Iraque. Alguns juntar-se-ão ao combate na Península Coreana e no
Indo-Pacífico, onde uma China crescentemente militarizada ameaça a
nossa presença na região. Alguns juntar-se-ão ao combate na
Europa, onde uma Rússia agressiva procura redesenhar as fronteiras
internacionais pela força. E alguns de vós podem até vir a ser
chamados para servir neste hemisfério. Vistam as vossas armaduras
para que quando, e não se, chegar o dia, estejam prontos.”
Mike
Pence, Vice-Presidente dos EUA, discursando aos novos graduados na
Academia Militar de West Point em 25/5/19.
Como
se constata, the american dream, o sonho americano de domínio
global, permanece. E a atual administração ianque, parece mesmo
pretender concretizá-lo. O outro nazi, o do bigodinho, também teve
sonho idêntico e tentou realizá-lo. O resultado foi 50 milhões de
mortos. E ,comparadas com as atuais, utilizaram “apenas” duas
pequenas bombas atómicas. Escusadamente, diga-se, a Alemanha nazi
estava rendida há dois meses e o Japão prestes a fazê-lo.
Cometeram o monstruoso crime para avisar a URSS que possuíam tão
terrível arma. Atualmente, existem suficientes para eliminar toda a
humanidade. A maioria delas, nas suas mãos.
As
provocações e a demonstração do quero posso e mando, já começou.
Por exemplo, com o fim do acordo com o Irão e a aplicação de
sanções àquele país, a transferência da embaixada em Israel para
Jerusalém, o convite aceite para estarem presentes em mais um
ilegal colonato na Palestina ocupada, a guerra comercial com a China,
a expansão da NATO para países limítrofes da Rússia e, sobretudo
agora, a farsa da acusação ao Irão do ataque a petroleiros no
estreito de Ormuz. Além do Irão, os próprios comandantes dos
navios desmentem Trump sobre a origem e a forma como foram atacados.
Aliás, desta vez, ao contrário do que sucedeu com o pretexto
mentiroso das “armas de destruição massiva” para invasão e
destruição do Iraque, os seus próprios aliados estão relutantes.
São feitos apelos à calma, o Reino Unido decide avançar com um
inquérito por sua conta ao caso e o secretário-geral da ONU,
António Guterres, diz-se preocupado e afirma que o mundo não pode
permitir uma confrontação militar naquela região. Apenas a
medieval Arábia Saudita que massacra o povo iemenita e cujo líder
manda assassinar discordantes, como o jornalista Jamal Khashoggi, e o
falcão sionista Netanyahu, dão imediato apoio a Trump.
Recorde-se
que pelo estreito de Ormuz passa mais de um terço do petróleo
comercializado por via marítima. Vital para a China, União Europeia
e Japão e não para os EUA que não estão dependentes desse
petróleo. Interessa-lhes também, para além da estratégia global,
o aumento da tensão na região para mais fornecimento de armas
sobretudo ao seu principal cliente, a Arábia Saudita. E para
compor o ramalhete, enviaram recentemente para o Médio Oriente mais
bombardeiros B-52, navios de guerra e baterias de mísseis.
Portanto,é imperioso para a humanidade acordar quem tem sonhos tão
tenebrosos. Não lhe chegou já o de Hitler?
Francisco
Ramalho
Corroios,
20 de Junho de 2019
Nota- quando este texto foi escrito, ainda não tinham atirado mais esta acha para a fogueira,o drone. Esperemos que não seja a gota de água. Ou mais a propósito, o detonador.
Nota- quando este texto foi escrito, ainda não tinham atirado mais esta acha para a fogueira,o drone. Esperemos que não seja a gota de água. Ou mais a propósito, o detonador.
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